Por Sandy Oliveira
São Paulo, 28/07/2020 - A norte-americana Bunge registrou lucro líquido de US$ 362 milhões (US$ 2,37 por ação) no segundo trimestre de 2021, queda de 29% ante o resultado de US$ 516 milhões (US$ 2,37 por ação) do mesmo período de 2020. Já o lucro líquido ajustado foi de US$ 2,61 por ação, ante US$ 3,88 por ação obtidos em igual intervalo do ano anterior. Analistas consultados pela FactSet previam um lucro ajustado menor, de US$ 1,62 por ação.
O lucro antes de juros e impostos (Ebit) apresentou queda de 47,3% no intervalo avaliado, a US$ 500 milhões, ante US$ 949 milhões em igual período do ano anterior. Já a receita recuou 47% no comparativo anual, de US$ 21 bilhões para US$ 11 bilhões. Após a divulgação dos resultados financeiros, os papéis da Bunge avançavam 4,4% no pré-mercado da Bolsa de Valores de Nova York, às 9h13 (horário de Brasília).
As vendas da Divisão de Óleos Especiais e Refinados subiram 57%, de US$ 1,08 bilhão no segundo trimestre de 2020 para US$ 1,65 bilhão no segundo trimestre deste ano. Segundo nota da companhia, vários países continuam a impor quarentenas e restrições significativas em virtude do avanço da covid-19, o que pode se estender também nos próximos meses. No entanto, até o momento, a empresa não viu uma interrupção significativa em sua cadeia de suprimentos. “Fomos capazes de mitigar os problemas de logística e distribuição que surgiram em todas as instalações ao redor do mundo, que continuaram operando em níveis normais ou próximos”, destaca a Bunge na nota.
O CEO da Bunge, Greg Heckman, afirmou que as expectativas foram superadas diante da volatilidade global. “Com uma mudança estrutural acelerada na demanda por alimentos, rações e combustíveis sustentáveis, a posição da Bunge na cadeia de fornecimento do agronegócio global oferece oportunidades crescentes de parceria com os clientes para atender às suas necessidades neste ambiente em mudança”, disse. Para Heckman, é motivo de orgulho o trabalho com agricultores e clientes. “A Bunge pretende conectar de forma sustentável a oferta e a demanda, além de desenvolver produtos e serviços inovadores e criar novas soluções baseadas em plantas”.
Para analistas da Stephens, a recuperação sustentada dos preços das safras levou a empresa a aumentar sua previsão de lucro para o ano todo. O movimento da linha de base prevê lucros "maiores do que a empresa havia gerado, mesmo em picos anteriores".
Para todo o ano de 2021, a Bunge prevê lucro ajustado de, pelo menos, US$ 8,50 por ação. Na divisão de Agronegócio, espera-se que os resultados sejam levemente acima da perspectiva anterior, mas ainda com previsão de queda em comparação com 2020.
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