Por Isadora Duarte
São Paulo, 06/01/2022 - O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Guilherme Soria Bastos Filho, afirmou a representantes da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) que uma equipe de técnicos da pasta e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai visitar algumas cidades do Estado para avaliar a situação atual da safra de grãos, prejudicada pela estiagem. A reunião virtual entre o ministério e membros da Ocepar foi realizada na tarde de ontem, conforme nota divulgada pela Ocepar.
O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, pediu a presença da ministra Tereza Cristina na visita ao Estado. Bastos Filho informou também aos dirigentes da Ocepar que serão realizados levantamentos, com apoio da Conab e de entidades setoriais, sobre as reais estimativas de perdas na atual safra. Representantes da Conab, Embrapa, Ministério da Economia, Banco Central, Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná , superintendência do ministério no Estado, Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado (Fetaep) e de outras entidades do setor produtivo também participaram da reunião, segundo a Ocepar.
Segundo Ricken, a preocupação neste momento é mobilizar as entidades de governo para que os agricultores possam renegociar suas dívidas com os agentes financeiros. "Queremos envidar esforços para que o produtor possa semear a próxima safra de soja, milho, feijão e, assim, recuperar a renda perdida com esta forte estiagem. Precisamos resolver o problema imediato, que é a quebra da safra, questões de seguro e dívidas, mas é necessário disponibilizarmos condições para que a próxima safra possa acontecer", afirmou.
O superintendente da Ocepar Robson Mafioletti destacou no encontro que a situação é grave. "Os impactos maiores estão sendo registrados principalmente nas regiões sudoeste e oeste do Estado. Neste momento, precisamos conversar com as seguradoras e Banco Central para acelerar as vistorias de lavouras e liberá-las para a próxima semeadura", disse.
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