Agronegócios
28/06/2016 11:41

Ilan descarta meta ajustada e diz que centro de meta de 2017 é 'ambicioso e crível'


Brasília, 28/06/2016 - O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, descartou há pouco qualquer possibilidade de a instituição adotar um ajuste da meta de inflação do ano que vem. Ele repetiu trechos de seu discurso de posse para deixar claro que não havia cogitado essa possibilidade e fez questão de enfatizar que o objetivo do BC é atingir o centro da meta de inflação de 4,5% em 2017. Segundo o presidente, o centro da meta em 2017 é "ambicioso e crível ao mesmo tempo".

Goldfajn enfatizou que a meta é ambiciosa porque o País vem de uma inflação de quase 11% em 2015, mais do que o dobro da meta. "Temos condições de atingir o centro da meta em 2017, em 18 meses", garantiu. Ele disse que muito se falou os últimos dias de metas ajustadas. "No passado, já as adotamos, e foram úteis para dar transparência, além de ajudar a ancorar as expectativas, mas não parece ser neste caso no momento", declarou.

O presidente disse que as expectativas do BC para a inflação estão em torno da meta em 2017. Ele considerou que alguns analistas consideram que pode ser um pouco acima disso. "Mesmo neste caso, a magnitude do desvio não necessita ajustar a meta. Para deixar claro: a meta de 4,50% em 2017 é o nosso objetivo."

Ao repetir parte do discurso de posse, Goldfajn disse que no regime de metas de inflação, o objetivo é cumprir plenamente a meta do Conselho Monetário Nacional (CMN), mirando seu ponto central. Ele também afirmou que os limites de tolerância servem para abrigar choques inesperados quando não se permite a volta rápida dos preços e que é fundamental o gerenciamento das expectativas no sistema de metas. Para ele, este é um "fator chave". "É importante que as expectativa indiquem no presente a trajetória de convergência para a meta em um futuro não muito distante", reforçou hoje novamente.

Ele voltou a acrescentar que o único alvo é o centro da meta e ressaltou a importância do adequado gerenciamento de expectativas que possam vir a levar a inflação para fora do intervalo de confiança da meta, como em 2015. (Célia Froufe, Adriana Fernandes e Eduardo Rodrigues - celia.froufe@estadao.com; adriana.fernandes@estadao.com e eduardor.ferreira@estadao.com)
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