Agronegócios
12/11/2020 08:32

BNDES fará suplementação de programa próprio de Crédito Rural voltado a investimentos


Por Clarice Couto

São Paulo, 12/11/2020 - Além de reabrir gradualmente seu sistema para novos pedidos de financiamento a linhas de investimento ligadas ao Plano Safra 2020/21, o BNDES deve em breve suplementar seu Programa BNDES Crédito Rural, criado no início deste ano e que oferece recursos com taxas de juros sem equalização do governo federal.

De R$ 1,5 bilhão alocados para o ano de 2020, já foram aprovados pedidos que somam R$ 1,2 bilhão, de acordo com o chefe do Departamento de Canais de Distribuição e Parcerias do banco, Caio Araújo. Como o volume aprovado mensalmente tem girado em torno de R$ 200 milhões, a previsão é de que os R$ 300 milhões restantes sejam consumidos rapidamente. "Até o fim de novembro ou começo de dezembro deveremos ter uma definição sobre essa suplementação. Estamos trabalhando com um valor que dure até o fim de 2021 (ano civil), para ser uma válvula de escape em relação às linhas do Plano Safra", explicou Araújo.

A negociação, neste caso, é mais simples do que quando se trata de linhas do Plano Safra, explica o chefe do Departamento de Clientes e Relacionamento Institucional do BNDES, Tiago Peroba. "É uma decisão exclusivamente do banco, bem diferente do contexto dos programas agropecuários do governo federal, que envolvem ministérios", argumentou.

Peroba observou que a demanda média de R$ 200 milhões/mês deve aumentar quando os recursos das linhas oficiais de investimento do Plano Safra, que estão no fim, se esgotarem. "Aí não serão só R$ 200 milhões por mês, até porque para o produtor, na parcela, a diferença de taxa de juros é insignificante", disse ele. Segundo Peroba, enquanto o Moderfrota tem taxa de juro mensal de 0,6%, o BNDES Crédito Rural opera com taxa de 0,75% ao mês.

O BNDES vai acompanhar a demanda pelos recursos de seu programa próprio junto às instituições financeiras ao longo do ano que vem, a fim de avaliar a necessidade de novas suplementações, de acordo com Peroba. "Não nos preocupa conseguirmos um orçamento adicional para o BNDES Crédito Rural agora e daqui três ou quatro meses pedir um pouco mais", afirmou.

Contato: clarice.couto@estadao.com
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