Agronegócios
14/02/2020 08:36

Tereza Cristina: acordo EUA-China pode ter reflexos para nós, mas não serão tão catastróficos


Brasília, 473/02/2020 - A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, relativizou os efeitos da primeira fase do acordo comercial entre Estados Unidos e China e da epidemia de coronavírus na China sobre as exportações brasileiras. Em evento de previsão de safra da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), que foi realizado ontem em Brasília, ela que, quanto ao acordo sino-americano, a relação entre Brasil e China é sólida. “O acordo EUA-China pode ter reflexos para nós, mas não serão tão catastróficos assim”, disse. Segundo a ministra, boa parte da safra 2019/20 de soja brasileira já está negociada. Ainda assim, a ministra disse que está trabalhando “intensivamente para abrir novos mercados e aumentar nossa base de exportação”. “Soja e milho são importantíssimos, mas temos que diversificar a pauta da balança comercial.”

Com relação ao coronavírus, a ministra afirmou existir “pânico” com relação à doença, mas destacou que a população chinesa é de 1,3 bilhão, enquanto o problema está concentrado mais na província de Wuhan. “Tem um número grande de pessoas infectadas e mortos, mas, se puser na proporcionalidade do tamanho da população chinesa, é nada”, disse. A ministra destacou que a China isolou a província mais afetada, mas o restante da população precisa comer e trabalhar. “São conjunturas momentâneas que a gente tem que analisar com a devida cautela”, disse. “Os portos ontem abriram lá, as coisas começam a se normalizar.”

Tereza Cristina reforçou, ainda, que o Brasil é a maior potência agroambiental do mundo. “Nossa agricultura é sustentável”, disse. Segundo a ministra, os incêndios no Brasil tiveram tratamento diferente dos ocorridos na Austrália e prometeu trabalhar para apresentar “uma narrativa boa” das coisas que o País faz no campo da sustentabilidade. “Vou trabalhar de maneira muito firme para colocar o CAR (Cadastro Ambiental Rural) e o Código Florestal para funcionar. Nós vamos calar a boca do mundo.”

Contato: leticia.pakulski@estadao.com
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