Agronegócios
29/03/2017 12:29

Fontes: Meirelles diz em evento que alta de impostos não é tão inevitável hoje


São Paulo, 29/03/2017 - O ministro da fazenda, Henrique Meirelles, disse em evento em São Paulo que um aumento de impostos para cumprir a meta de déficit fiscal de R$ 139 bilhões este ano já não é tão inevitável hoje como era na semana passada, segundo fontes que participaram da apresentação em evento do Bank of America Merrill Lynch (BofA) ouvidas pelo Broadcast. O ministro não descartou o aumento dos tributos e afirmou que isso será definido hoje à tarde em Brasília.

Meirelles explicou, segundo as fontes, que o governo tem a expectativa da entrada de receitas extraordinárias, vindas de decisões judiciais, incluindo a questão dos precatórios e de hidrelétricas. Hoje, o Superior Tribunal Federal (STF) revogou uma decisão e retirou da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) a titularidade da concessão da Usina Hidrelétrica de Miranda, que agora pode ir à leilão. A expectativa é que com o leilão desta usina e de outras, o governo arrecade R$ 12 bilhões, o que possibilitaria a redução do contingenciamento de R$ 58,2 bilhões anunciado na semana passada.

A questão sobre a alta dos impostos foi levantada por um membro da plateia ao final da apresentação do ministro, que durou pouco mais de uma hora. Entre os presentes, estavam presidentes de empresas, executivos e presidentes de bancos e investidores, clientes do BofA.

Meirelles dedicou parte importante de sua apresentação para falar das reformas, principalmente a da previdência, comparando a situação do Brasil com outros países. Um dos pontos mostrados é que a idade média de aposentadoria no país é menor do que a de vários países desenvolvidos e emergentes. O ministro ressaltou a importância da reforma para que a dívida pública consiga alcançar uma trajetória sustentável.

Antes de Meirelles, o presidente Michel Temer também fez palestra no evento. O presidente fez um balanço do que já foi feito e disse que isso só foi possível graças ao diálogo que o Planalto tem com o Congresso. O peemedebista também citou a necessidade de reforma da previdência e de outras, como a trabalhista. Na tarde de hoje, quem participa do evento é o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.

No evento do BofA há ainda um painel com os presidentes dos quatro maiores bancos do país: Luiz Carlos Trabuco Cappi, do Bradesco, Roberto Setubal, do Itaú, Sergio Rial, do Santander, e Paulo Rogério Caffarelli, do Banco do Brasil. Os executivos vão falar em uma palestra com o tema "bancos no novo ambiente econômico". O evento continua nesta quinta-feira com a presença do prefeito de São Paulo, João Doria. (Altamiro Silva Junior e Francisco Carlos de Assis - francisco.assis@estadao.com e altamiro.junior@estadao.com)
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