Por Daniela Amorim
Rio, 08/03/2021 - Os preços do minério, da soja e do milho desaceleraram o ritmo de alta em fevereiro, mas os combustíveis mais caros pressionaram a inflação no atacado dentro do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) do mês, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) desacelerou de uma alta de 2,91% em janeiro para um avanço de 2,71% em fevereiro.
"Nesta apuração do IGP, o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), índice de maior peso, apresentou desaceleração. Apesar disso, dois dos três grupos componentes do índice ao produtor registraram avanços em suas taxas de variação: bens finais (0,79% para 1,80%) e bens intermediários (2,88% para 6,60%). No primeiro caso, a principal contribuição para a aceleração partiu de combustíveis para o consumo (6,64% para 15,43%). No segundo, as fontes de pressão foram mais diversificadas, exemplo do espalhamento das pressões inflacionárias que movimentaram os preços dos seguintes itens: celulose (-4,89% para 8,29%), óleo diesel (6,32% para 14,08%) e fertilizantes (8,00% para 18,53%)", afirmou André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) subiu 3,40% em fevereiro, ante uma elevação de 3,92% em janeiro.
Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais passou de um aumento de 0,79% em janeiro para 1,80% em fevereiro, puxada pelo subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa saiu de 6,64% para 15,43%.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 2,88% em janeiro para 6,60% em fevereiro, impulsionada pelo subgrupo materiais e componentes para a manufatura, que saiu de 2,92% para 5,51%.
Já o estágio das Matérias-Primas Brutas desacelerou de uma alta de 7,29% em janeiro para 2,08% em fevereiro, sob contribuição dos itens: minério de ferro (de 16,69% para 0,58%), soja em grão (de 6,49% para 1,97%) e milho em grão (de 8,34% para 2,81%). Na direção oposta, houve pressão das aves (de -4,31% para 2,15%), bovinos (de 5,26% para 6,81%) e cana-de-açúcar (de 0,70% para 2,66%).
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