Agronegócios
27/06/2017 14:07

Vale/Schvartsman: diagnóstico sobre negócios deve se apresentado por volta de agosto


Rio, 27/06/2017 - O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, acredita que o diagnóstico em andamento sobre a estratégia e performance da companhia poderá ser divulgado em cerca de três meses, isto é, no fim de agosto. O executivo disse estar satisfeito com o que lhe foi apresentado até agora, mas que ainda é cedo para falar a respeito.

A informação sobre o diagnóstico foi divulgada em maio, em encontro com analistas. Na ocasião ele afirmou que a Vale deverá em breve voltar a uma fase de expansão de seus negócios mirando oportunidades de fusões ou aquisições e estratégias para diversificar seu portfólio, atualmente com forte dependência do minério de ferro.

"Acho que a diversificação é uma boa. A Vale já é diversificada, tem ativos de níquel, cobre. Não é necessário fazer outras coisas, mas verificar se as áreas atuais conseguem obter o resultado que se espera delas", afirmou a jornalistas.

Schvartsman fez suas primeiras declarações públicas após Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da Vale, realizada hoje. Os acionistas aprovaram a pauta, dando sinal verde à segunda etapa da reestruturação da companhia, que terminará com o controle definido da mineradora e pretende levá-la ao Novo Mercado da B3. Essa é uma das principais missões do novo presidente da empresa, que assumiu o comando em 23 de maio.

"É que nem jogo de futebol, só termina quando acaba. São várias etapas. Vencemos bem a primeira. Foi uma votação expressiva", disse sobre a AGE que aprovou alterações no estatuto, a conversão de ações PN em ON e a incorporação da Valepar pela Vale.

Embora a Vale tenha enfrentado resistência de alguns acionistas que queriam um desconto menor na conversão das ações, o presidente da mineradora descartou que alguém possa tentar anular o resultado. "Infelizmente é impossível agradar a todos os acionistas", afirmou. A unificação de ações é necessária para que a Vale chegue ao Novo Mercado, principal segmento de governança da Bolsa.

Para Schvartsaman a operação pode levar à valorização dos papéis na medida em que elevará o nível da governança corporativa e reduzirá a presença do Estado nas decisões da companhia, que hoje tem entre os controladores fundos de pensão estatais e a BNDESPar.

Ele destacou que em breve a Vale deverá ver eleitos os primeiros conselheiros de administração independentes de sua história, mas não precisou quando isso ocorrerá.

Samarco
O executivo afirmou que o rompimento da barragem da Samarco foi "um desastre" que ocorreu em parte pela atuação independente da companhia em relação à Vale a BHP, sócias da empresa com expertise em barragens. "A Samarco vai retomar (operações). A dúvida é quando", concluiu. (Mariana Durão - mariana.durao@estadao.com)
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