Por Julliana Martins
São Paulo, 28/07/2021 - As vendas de carne suína no mercado doméstico avançaram na segunda quinzena de julho, com o ganho de competitividade frente às proteínas concorrentes, como a carne de frango e a bovina, informou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP), em relatório antecipado ao Broadcast Agro.
De acordo com o centro de pesquisas, na média parcial de julho, a carne suína atingiu o melhor nível de competitividade em relação ao frango em quase dois anos. Na comparação entre a carcaça especial suína e o frango inteiro resfriado comercializados no mercado atacadista da Grande São Paulo, a diferença nos preços dos produtos foi de R$ 2,37 por quilo na média parcial do mês. "O valor representa uma queda de 29,7% em relação a junho e de 37,2% na comparação com julho de 2020, a menor diferença desde agosto de 2019."
Embora a liquidez tenha aumentado, os preços do animal registram queda no acumulado do mês. Isso porque a recuperação das últimas semanas não foi suficiente para compensar a forte desvalorização no início de julho, conforme o Cepea. "No atacado da Grande São Paulo, a carcaça especial suína teve média de R$ 9,72 o quilo na parcial de julho (até o dia 27), queda de 6,1% frente a junho, mas ainda 13,8% maior que a do mesmo mês de 2020, em termos nominais", afirma.
Na semana encerrada ontem (27), os preços do suíno na região conhecida como SP-5, que abrange Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba, tiveram uma média de R$ 7,16 o quilo. O valor é praticamente o mesmo da semana anterior, com leve alta de 0,1%. Já no sudoeste do Paraná, a cotação caiu 0,8% no mesmo período.
contato: julliana.martins@estadao.com
