Agronegócios
16/12/2020 17:20

Imea/Marcelo Durigon: até novembro MT exportou 53% da soja do Estado pelos portos do arco Norte


Por Tânia Rabello

São Paulo, 16/12/2020 - As melhorias logísticas em Mato Grosso, e principalmente a conclusão do asfaltamento da rodovia BR-163, fizeram com que o Estado invertesse a tendência histórica de exportação de soja na safra 2019/20, embarcando, desta vez, a maior parte dos grãos pelos portos do Arco Norte do País. Segundo o responsável por soja no Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), Marcelo Durigon, os sojicultores do Estado embarcaram 53% dos grãos para o mercado externo pelos portos de Barcarena (PA), Itaqui (MA) e Santarém (PA). Os 47% restantes continuaram sendo embarcados nos portos do Sul, como Paranaguá (PR), Santos (SP) e Rio Grande (RS). Até novembro, o Estado havia exportado 22 milhões de toneladas de soja da safra 2019/20, informou.

Durigon participou, nesta tarde, de evento do Imea para fazer um balanço do setor agropecuário no Estado em 2020 e perspectivas para 2021. Ainda em relação à soja, o analista relatou que a produtividade em 2019/20 foi recorde, atingindo 59,09 sacas de 60 quilos por hectare, mas no atual ciclo 2020/21 deve cair para 57 sacas por hectare, em função do atraso na semeadura por causa da deficiência de chuvas na época de plantio. "O produtor atrasou a semeadura e o Imea calcula que pelo menos 2,51% da área de soja teve de ser replantada, principalmente no oeste do Estado."

Quanto à comercialização antecipada da safra da oleaginosa, Durigon informou que os produtores mato-grossenses estão bastante adiantados, com 66,45% da colheita prevista em 2020/21 já comercializada. "Até mesmo a safra futura, de 2021/22, está 13% comercializada", citou ele, acrescentando que a produção prevista é de 35,49 milhões de toneladas, dos quais 22,67 milhões de toneladas deverão ser exportadas e 10,91 milhões de toneladas serão consumidas internamente.

Quanto aos preços, a perspectiva é de que continuem acima do patamar de R$ 100 a saca de soja, "se o dólar não mudar muito o seu patamar de preços ante o real", assinalou.

Contato: tania.rabello@estadao.com
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