São Paulo, 17/01/2022 - A colheita da safra brasileira de soja 2021/22 atingiu 1,2% da área estimada para o Brasil, até a última quinta-feira (13), em comparação com 0,4% no mesmo período do ano passado da safra 2020/21 e 1,1% na média de cinco anos, segundo dados da AgRural. O ritmo inicial dos trabalhos é ligeiramente mais lento do que se esperava em virtude principalmente das chuvas contínuas em parte de Mato Grosso, informa a consultoria em comunicado.
"Os relatos de grãos avariados e com excesso de umidade continuam circulando no médio-norte do Estado, onde as chuvas têm sido mais concentradas. O problema, porém, não é generalizado", diz a AgRural. Além disso, as produtividades continuam muito boas em todas as regiões que já têm colheita em operação, com picos de 72 sacas por hectare no oeste mato-grossense.
Segundo a AgRural, no Paraná, a colheita continua concentrada no oeste e no sudoeste, onde o impacto da estiagem foi maior, e as produtividades continuam baixas, com alguns talhões rendendo apenas 3 sacas por hectare. No Rio Grande do Sul, onde a colheita ainda não começou, o forte calor dos últimos dias agravou a situação das lavouras e os produtores esperam com ansiedade a confirmação das previsões de chuva.
Em outros Estados, conforme a AgRural, a soja se desenvolve bem e a colheita deve começar a ganhar ritmo em diversas áreas nos próximos dias. No entanto, a falta de chuva no sul de Mato Grosso do Sul e alagamentos em parte do Matopiba, especialmente no Tocantins, devem ser monitorados com atenção.
A AgRural estima a produção 2021/22 de soja do Brasil em 133,4 milhões de toneladas, após dois cortes consecutivos em dezembro e janeiro em virtude da estiagem no Sul do País e no sul de Mato Grosso do Sul.
Milho - A colheita do milho verão 2021/22 alcançou na quinta-feira (13) 6% da área estimada para o Centro-Sul do Brasil, ante 3% no mesmo período do ano passado, informa a AgRural.
Os trabalhos se concentram no Sul e as produtividades estão baixas por causa da estiagem. O plantio da safrinha de milho, por sua vez, ainda não chega a 1% da área do Centro-Sul e concentra-se neste momento no Paraná e em Mato Grosso.