São Paulo, 08/02/2018 - As exportações brasileiras totais de carne suína (incluindo todos os produtos, entre in natura e processados) somaram 54,4 mil toneladas em janeiro, volume 15,4% inferior ao de janeiro de 2017, com 64,3 mil toneladas. A informação foi divulgada há pouco, pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Em receita, os embarques do setor renderam US$ 111,4 milhões em janeiro, número 19,9% menor que os US$ 139,1 milhões obtidos em janeiro de 2017.
Segundo a ABPA, a elevação dos embarques para a China e Hong Kong amenizaram o impacto causado pelo embargo imposto pela Rússia à carne suína brasileira desde dezembro do ano passado. A China importou 13,5 mil toneladas, resultado que supera em 122% a quantidade embarcada para o mercado chinês em janeiro do ano passado. As vendas resultaram em receita de US$ 28,9 milhões, 131% acima do obtido no ano anterior. Já Hong Kong incrementou as importações em 23%, com 17,2 mil toneladas adquiridas em janeiro de 2018. Em receita, houve avanço de 27%, para US$ 34,8 milhões. "O setor de suínos entrou em um novo momento, com menor dependência das vendas para o Leste Europeu, diminuindo os efeitos do embargo russo", explica Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA.
Outros mercados também incrementaram as importações no primeiro mês do ano. É o caso do Uruguai, que importou 3,1 mil toneladas (+30%), e de Angola, com 2,5 mil toneladas (+7%).
"Os embarques de carne suína devem ser impulsionados neste ano pelas vendas para a Coreia do Sul, que está prestes a abrir seu mercado, conforme informações recebidas do secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, que está em missão oficial na Ásia. Há, também, sinalizações de interesse vindas do Peru e do México", diz Turra. (Camila Turtelli, camila.turtelli@estadao.com)
