Agronegócios
18/06/2020 10:13

Conab: cebola e batata são destaque de alta de preço no atacado em maio


São Paulo, 18/06/2020 - As hortaliças (batata, cebola, cenoura, tomate e alface) não tiveram comportamento uniforme em maio. As cotações da batata e da cebola subiram, enquanto tomate, cenoura e alface caíram na maioria dos mercados atacadistas. As análises são do 6º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta quinta-feira (18), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A pesquisa considera as cinco hortaliças com maior representatividade na comercialização nas principais Ceasas do País e que registram maior destaque no cálculo do índice de inflação oficial (IPCA).

O expressivo aumento no preço da batata ocorreu em virtude do término da safra das águas e da oferta do início da safra da seca, sendo ainda insuficiente para arrefecer os preços. "As maiores entradas de batata nos mercados, a partir da safra da seca, só vieram a acontecer no fim de maio", explica a Conab.

A considerável alta na cotação da cebola foi provocada pelo encerramento da safra de Santa Catarina. Essa lacuna de oferta não foi integralmente compensada pela cebola oriunda da região Nordeste, do início da safra de Cristalina (GO) e, também, da nova safra no Triângulo Mineiro.

O declínio de preço do tomate, iniciado em abril, repetiu-se em maio e deve continuar em junho. Segundo a Conab, o mercado, após o término da safra de verão, é abastecido pela produção de inverno, que no caso deste fruto ocorre de forma pulverizada, isto é, cada mercado é abastecido por sua própria produção ou por oferta próxima a ele.

No caso da cenoura, a Conab informa que, no fim de abril e início de maio, as cotações já demonstravam tendência de queda, em consequência da maior oferta, o que perdurou por todo o mês em análise.

Para a alface, a Conab observa que o mercado tem se apresentado bastante instável, registrando oscilações quase diárias. "Alguns fatores vêm influenciando a demanda, como o fechamento das unidades de ensino e a interrupção da alimentação escolar, restrições de funcionamento de bares, restaurantes e feiras, o que, certamente, repercute na dinâmica de preços", argumenta.

Frutas - No segmento de frutas, o estudo da Conab também considerou os alimentos com maior participação na comercialização e no cálculo da inflação (banana, laranja, maçã, mamão e melancia).

Segundo a Conab, houve queda de preço para a maioria das Centrais de Abastecimento (Ceasas) analisadas, com exceção da melancia, que teve oscilações entre os mercados.

O destaque maior foi para a redução nos preços da banana. Esse cenário ocorreu mesmo com algumas espécies no período de entressafra, como no caso da prata, e a menor produção da nanica. Segundo o Boletim, a explicação está na demanda retraída, que pode ter sido influenciada pelas restrições de mobilidade, diminuindo o consumo em restaurantes, bares e feiras livres, além da suspensão das aulas nas unidades de ensino, por causa da pandemia do novo coronavírus.

A comercialização da laranja registrou queda de preços com aumento da oferta nos entrepostos atacadistas, principalmente das laranjas precoces da nova safra. A demanda continuou desaquecida, com a crise sanitária e a chegada do inverno.

Já a maçã apresentou, em maio, oscilações pequenas nos preços no atacado e oferta mais controlada.

O mamão registrou, novamente, queda de preços em virtude não só das restrições de renda, de comercialização e de mobilidade advindas da pandemia, mas do maior volume produzido.

Exportação - O volume acumulado de exportação de frutas no Brasil até maio de 2020 foi 6,8% menor em relação ao mesmo período de 2019. O valor medido em dólares diminuiu 15,41%. O destaque foi para o crescimento do volume das exportações de maçãs, limões e limas e banana e abacate, mesmo nesse cenário de crise.
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