Chicago, 12/03/2018 - Os futuros de grãos devem começar o dia enfraquecidos nesta segunda-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou taxação de 25% sobre as importações de aço do país e de 10% sobre as de alumínio, que fez com que a China colocasse em cheque suas intenções de compra de soja norte-americana, como resposta à taxação, pressionando as cotações externas da oleaginosa. Em paralelo, investidores monitoram as perspectivas para o clima na Argentina e nos EUA.
O milho se ressente dos reflexos vindos das cotações da soja e ainda é pressionado pelo enfraquecimento no mercado de petróleo. A preocupação com o rápido avanço na produção dos Estados Unidos e aparentes divergências dentro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) são responsáveis pelo movimento do combustível. Com isso, o etanol feito a partir do milho nos Estados Unidos perde competitividade e influencia negativamente os preços do grão.
Na ponta da demanda, há pouco, exportadores americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) vendas de 107,75 mil toneladas do cereal para o Japão e outras 254,8 mil toneladas para destinos não revelados, fator que pode reduzir a baixa de preços na sessão de hoje.
No trigo, o cenário de oferta ampla foi reforçado pelo relatório mensal de oferta e demanda do USDA, na semana passada, que elevou sua previsão de reservas domésticas do grão de 1,009 bilhão para 1,034 bilhão de bushels (27,5 milhões para 28,1 milhões de toneladas). Já a projeção para estoques globais subiu de 266,1 milhões para 268,9 milhões de toneladas, enquanto o mercado esperava 266,2 milhões. Os dados ajudaram a colocar os preços do cereal em um movimento de correção, após as elevações ocasionas por problemas climáticas no Hemisfério Norte.
No overnight, o vencimento maio da soja perdeu 2,50 cents (0,24%), a US$ 10,3675 por bushel. O milho para maio baixou 2,25 cents (0,58%), a US$ 3,8825 por bushel. Enquanto igual vencimento do trigo caiu 4,75 cents (0,97%), a US$ 4,8450 por bushel. (Nayara Figueiredo, nayara.figueiredo@estadao.com - com informações da Dow Jones Newswires)
