Agronegócios
24/08/2021 19:27

Fecoagro-RS: custo produção de soja deve ser 48,5% maior na safra 2021/22 ante 20/21; de milho, +52,01%


Por Isadora Duarte

São Paulo, 24/08/2021 - Os custos totais de produção de soja e milho no Rio Grande do Sul na safra 2021/22 devem crescer 48,5% e 52,01%, respectivamente, projeta a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS). O custo total de produção de soja no Estado deve ser de R$ 5.408,23/hectare, considerando uma produtividade de 60 sacas por hectare, ante R$ 3.646,02/hectare em 2020/21. As estimativas foram apresentadas em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira e consideram dados de 1º de agosto deste ano ante 1º de agosto do ano passado. É o segundo levantamento da entidade para custos de produção para safra 2021/22.

O custo variável ou operacional - desembolso que o produtor tem para semear a lavoura - tende a avançar 53,46% em 2021/22 no caso da oleaginosa, para R$ 3.657,80/hectare ante R$ 2.383,55 por hectare na temporada passada. O número de sacas para cobrir o custo total de produção da soja gaúcha deve subir 13,72%, de 31,29 sacas por hectare para 35,58 sacas por hectare. E a quantidade de sacas para cobrir o custo operacional da soja tende a aumentar 17,56%, de 20,47 sacas por hectare para 24,06 sacas por hectare.

Para o milho, o custo total de produção no Rio Grande do Sul em 2021/22 é estimado em R$ 7.653,15 por hectare, um aumento de 52,01% ante o ciclo anterior, considerando produtividade de 160/sacas por hectare. No ciclo 2020/21, o custo total de produção de milho no Estado foi de R$ 5.034,58 por hectare O custo operacional deve crescer 52,74%, para R$ 5.456,49 por hectare ante R$ 3.572,45 por hectare

Já a produção necessária para cobrir o custo total de milho no Estado é de 85,13 sacas, 21,95% abaixo da safra anterior (109,07 sacas por hectare). Para atender o custo variável, serão necessárias 60,70 sacas, queda de 21,58% ante 2020/21, quando eram necessárias 77,39 sacas.

Conforme economista da entidade, Tarcísio Minetto, a relação de troca do milho está melhor do que a da soja porque o preço do cereal subiu mais do que o da oleaginosa. De agosto de 2020 a agosto deste ano, a cotação da soja gaúcha subiu 35%, enquanto a do milho produzido no Estado aumentou 90%. "Produtor continua com resultado positivo, mas houve redução na margem (de rentabilidade) em virtude do aumento do custo de aquisição dos insumos", disse Minetto.

Contato: isadora.duarte@estadao.com
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