São Paulo, 24/05/2018 - O Porto de Rio Grande não recebe caminhões desde quarta-feira por causa das manifestações dos caminhoneiros. "A paralisação no transporte afetou significativamente a importação e exportação de cargas", disse a superintendência do porto, em comunicado. A superintendência não informou em quanto o volume diário importado e exportado diminuiu, mas esclareceu que o transporte rodoviário é responsável por cerca de 80% da movimentação do complexo. Nesta época, o porto costuma ter fluxo de 2 mil caminhões por dia. Novos agendamentos de cargas estão suspensos por ora. Há seis navios fundeados aguardando entrada no canal do Porto de Rio Grande, segundo o órgão.
A superintendência disse ainda que não existem manifestações diretas no acesso ao porto e que "os terminais público e privados estão trabalhando internamente realizando os serviços possíveis e necessários, ao mesmo tempo em que aguardavam as tratativas da categoria do transporte rodoviário para que, tão logo seja superado este impasse, retomem as atividades junto ao Porto de Rio Grande".
Segundo a Polícia Rodoviária Federal no Rio Grande do Sul, há 66 pontos de concentração de caminhoneiros às margens de rodovias federais, com bloqueios parciais, apenas para caminhões. Os veículos que transportam cargas vivas e perecíveis têm acesso liberado, segundo a PRF, assim como carros de passeio, ônibus e ambulâncias. Em Rio Grande, a PRF contabiliza bloqueios nos quilômetros 9 e 20 da BR-392. Também há pontos de bloqueio em Pelotas nos km 62 e 66 da BR-392 e no km 516 da BR-116. (Leticia Pakulski - leticia.pakulski@estadao.com)
