Agronegócios
06/08/2021 08:46

Alimentos/EUA: Kellogg tem lucro de US$ 380 milhões no 2ºTRI21 (+8% ante 2020)


Por Isadora Duarte, com informações da Dow Jones Newswires

São Paulo, 06/08/2021 - A Kellogg, fabricante norte-americana de cereais matinais, teve lucro líquido de US$ 380 milhões, ou US$ 1,11 por ação, no segundo trimestre deste ano, encerrado em 3 de julho. O resultado representa aumento de 8% ante igual período do ano anterior, quando a companhia registrou lucro líquido de US$ 351 milhões, ou US$ 1,02 por ação. Já o lucro por ação ajustado ficou em US$ 1,14, abaixo dos US$ 1,24 obtidos em igual período do ano anterior, mas acima do US$ 1,03 por ação previstos por analistas consultados pela FactSet.

Já a receita no trimestre foi 2,6% maior na comparação anual, passando de US$ 3,46 bilhões para US$ 3,55 bilhões. Analistas consultados pela FactSet estimavam receita de US$ 3,43 bilhões. Segundo a empresa, o impulso da demanda em mercados emergentes compensou o menor consumo em mercados desenvolvidos. A região Ásia, Oriente Médio e África (Amea, na sigla em inglês) apresentou o crescimento mais forte de vendas, de 24% ante o segundo trimestre do ano passado. As vendas na América Latina tiveram incremento de 19%. A receita na Europa avançou 13%, enquanto na América do Norte, cedeu 7%.

A Kellogg destacou o crescimento da receita líquida na comparação com um período firme de vendas, já que no segundo trimestre do ano passado, a pandemia de covid-19 exigiu medidas restritivas de circulação, levando as pessoas a fazerem mais refeições em casa. "Entregamos esses resultados em meio a um ambiente de negócios desafiador que incluiu escassez generalizada de materiais, frete e mão de obra, e a inflação de custos que a acompanha", disse o CEO da empresa, Steve Cahillane, em comunicado divulgado para imprensa e investidores.

A Kellogg assim como outras fabricantes de alimentos, é afetada pela desaceleração do consumo, especialmente na comparação com ano passado, quando a pandemia estimulou a alimentação em casa e o estoque de alimentos. Neste ano, a demanda do consumidor por alimentos embalados, especialmente em países desenvolvidos como os Estados Unidos, diminuiu recentemente, à medida que as pessoas voltam a frequentar os restaurantes e mais cidades diminuem as medidas restritivas de circulação por causa do avanço da vacinação contra covid-19.

As vendas orgânicas da empresa, excluindo efeitos de aquisições, alienações e flutuações cambiais, cederam 0,4% na comparação com igual período de 2020. No segmento da América do Norte, o maior mercado da empresa, a queda foi de 8%, em virtude da comparação com um período de início da pandemia de covid-19, quando o consumo desses produtos cresceu expressivamente. Na América Latina, as vendas orgânicas aumentaram 9%, "com amplo crescimento em toda a região, com destaque para snacks".

Para o acumulado de 2021, a empresa atualizou suas estimativas de perspectivas financeiras, afirmando que o aumento da previsão de vendas tende a compensar os custos mais elevados. Para vendas orgânicas, a empresa prevê que fiquem entre estáveis a alta de 1%, ante estimativa anterior de estabilidade. Quanto ao lucro por ação ajustado, a companhia manteve a previsão de crescimento entre 1% e 2%. Analistas consultados pela FactSet esperam avanço de 0,8% nas vendas orgânicas da empresa.

Contato: isadora.duarte@estadao.com
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