São Paulo, 27/03/2024 - A Argentina deve voltar a ser o principal exportador global de farelo de soja em 2023/24, depois de perder o posto para o Brasil na temporada anterior, segundo a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR). Além disso, a BCR projetou a recuperação da produção de óleo de soja do país, depois de complicações relacionadas à seca nas lavouras de soja na temporada 2022/23. A BCR estima a produção de soja na Argentina em 50 milhões de toneladas na atual campanha 2023/24. “Os aumentos esperados não só contribuiriam para o fortalecimento do agronegócio nacional, mas também poderiam ter um efeito significativo na economia do país por meio do aumento das exportações e da criação de empregos no setor”, afirmou a Bolsa, em nota.
Depois de um período de seca severa, em que a produção de soja registrou o menor volume em três décadas, a Bolsa estima que o país vai produzir 29,1 milhões de toneladas de farelo de soja na atual temporada, alta de 10 milhões de t em relação à campanha anterior, e 2,6 milhões de t acima da média dos últimos 5 anos. Os embarques foram projetados para 28 milhões de t, 51% acima do ano anterior e 10% acima da média dos últimos cinco anos, segundo a BCR.
Com a projeção de crescimento de 48% na moagem de soja em relação ao ano anterior, a Bolsa estimou que a Argentina vai produzir 7,5 milhões de toneladas de óleo de soja em 2023/24. O volume estimado é 2,4 milhões de toneladas maior que a produção de 2022/23 e 400 mil toneladas a mais que a média de cinco anos. A BCR previu, ainda, que as exportações devem alcançar 5,4 milhões de t, aumento anual de 62% e de 10% se comparado com a média dos últimos cinco anos. “Com esse volume exportado, a Argentina conseguiria se manter pelo 28º ano consecutivo como o maior fornecedor de óleo de soja do mundo, marco alcançado na campanha 1996/97”, comentou.
