Economia & Mercados
01/08/2019 17:36

Carlos da Costa diz que metas para infraestrutura são "pé no chão" e vê PIB a 4% em 2022


Por André Ítalo Rocha

São Paulo, 1/8/2019 - O secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, afirmou há pouco que as metas do Pró-Infra, programa do governo federal destinado ao estímulo em investimento privado em infraestrutura, são "muito pé no chão".

As metas são três e todas têm o ano de 2022 como prazo: elevar o investimento como proporção do PIB de 1,6% para 3,8%; aumentar o estoque de infraestrutura de 36% para 38% do PIB; e fazer o Brasil subir dez posições em ranking global de competitividade, de 81º para 71º.

Do ponto de vista da atividade econômica, contudo, o impacto deve ser lento. "Para que os projetos de investimento se transformem em obras concluídas, demora. São projetos que mobilizam muita gente, muitos recursos, e só serão concluídos em dois, três, quatro anos", disse.

Já no ano que vem, ele espera que haja algum efeito na atividade econômica, não com o funcionamento da infraestrutura projetada, mas, sim, com a construção de obras.

No longo prazo, o governo espera que, em 22 anos, o Brasil alcance um ritmo anual de investimentos em infraestrutura de R$ 700 bilhões. "Para 2022, a meta é chegar a R$ 300 bilhões, mas para isso temos um 'gap' de quase R$ 200 bilhões, e os projetos para esses R$ 200 bilhões terão de ser elaborados", disse o secretário, segundo quem haverá uma "fábrica de projetos", com o BNDES como principal ator.

PIB

Costa afirmou também que está convencido de que o Brasil pode voltar a crescer a um ritmo de 4% ao ano já em 2022. Segundo ele, isso vai depender da velocidade e do sucesso da agenda econômica do governo.

"Se conseguirmos aprovar a reforma da Previdência (aprovada no primeiro turno da Câmara, ainda falta o segundo turno e o Senado), o choque de investimento privado em infraestrutura, a reforma do Estado, a reforma tributária, o Simplifica, se avançarmos com vários marcos legais, o Brasil vai conseguir chegar ao final do governo Bolsonaro crescendo 4%, é factível", disse.

Contato: andre.italo@estadao.com
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