Por Amanda Pupo
Brasília, 11/5/2022 - O Grupo de Acompanhamento das Obrigações da Faixa de 3,5 GHz, o Gaispi, aprovou nesta quarta-feira, 11, a postergação de 60 dias no prazo obrigatório para as operadoras implantarem a tecnologia 5G nas capitais. A decisão ainda precisa ser avaliada pelo conselho da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Ao Broadcast, o conselheiro da Anatel e presidente do Gaispi, Moises Moreira, afirmou que o 5G ainda poderá começar a funcionar nesses centros urbanos até 31 de julho, como previsto originalmente. Agora, no entanto, as operadoras não serão penalizadas caso isso aconteça até o fim de agosto. Segundo Moreira, o prazo de 60 dias é contado a partir de 1º de julho.
O presidente do Gaispi afirmou que a medida foi tomada por uma questão de "cautela". Segundo ele, as empresas relataram escassez de equipamentos necessários na implantação do 5G. O problema está especificamente na disponibilidade de aparelho que funcionará como filtro nas antenas profissionais, para que não haja interferência com o sinal do 5G.
Na avaliação de Moreira, várias localidades poderão ter o 5G no prazo inicial. "Não quer dizer que não será implantado dentro do prazo. Mas essa prorrogação se dá por conta da escassez de equipamentos", disse o conselheiro. De acordo com ele, o tema ainda precisa passar pelo conselho da Anatel. Esse foi um dos motivos que levaram o Gaispi a adotar essa medida desde já, explicou Moreira, já que dessa forma haverá mais tempo para o assunto tramitar dentro da agência.
O edital do leilão do 5G já previa a possibilidade de adiamento por 60 dias. Como vem mostrando o Broadcast, o prazo de limpeza das faixas tem sido considerado apertado dentro do setor.
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