Por Matheus Piovesana
São Paulo, 17/01/2022 - Categorias de consumo em que o brasileiro gastou mais no cartão de crédito ao longo de 2021 tiveram queda no último mês do ano passado, de acordo com a emissora de cartões Credicard, do Itaú. Entre novembro e dezembro de 2021, por exemplo, os gastos dos clientes da empresa em companhias aéreas caíram 25,1% em relação a novembro, segundo levantamento obtido pelo Broadcast. No acumulado do ano, houve alta de 17,5% em relação a 2020.
O dado de dezembro coloca o setor entre os que a Credicard avalia que podem ter sido impactados pela aceleração da covid-19, causada pela variante Ômicron e mais visível a partir da primeira semana de janeiro. Em relação a dezembro de 2020, momento em que a vacinação contra a covid-19 ainda não havia começado no Brasil, os gastos subiram 38,8%.
Os gastos em diversão e entretenimento também recuaram entre novembro e dezembro de 2021, com queda de 4,5%, mas acumularam um salto de 39,6% no ano, de acordo com os dados. No último mês do ano, também perderam ímpeto os desembolsos em bufês, que caíram 10,3% em relação ao mês anterior, embora a alta em 2021 tenha sido de 48%.
No cômputo geral, os gastos relacionados a atividades fora de casa ficaram entre os que mais ganharam espaço no bolso dos clientes da Credicard no ano passado. Em bares e restaurantes, por exemplo, os gastos foram 31,6% maiores em 2021 na comparação com 2020; em salões de beleza, subiram 47,2%.
Entretanto, mesmo com mais segurança para sair graças à vacinação, o brasileiro continuou gastando com reformas em casa - houve um salto de 68% nos gastos com serviços de arquitetura, e de 56,3% com empreiteiros. Além disso, também gastou mais com os pets, em um ano de inflação forte nos custos para mantê-los: os gastos em petshops avançaram 24,7%, e com veterinários, 22,3%.
Em dezembro, às vésperas do Natal e do Ano Novo, as compras em lojas de roupas subiram 25,2% em relação ao mesmo mês de 2020, aponta a Credicard. Houve expansão também nos gastos em supermercados (+13,5%) e em acessórios, como relógios e joias (+22,2%).
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