Economia & Mercados
21/08/2017 21:29

Nota do MME sobre desestatização de Eletrobras gera dúvidas sobre modelo


A nota oficial do Ministério de Minas e Energia (MME) a respeito da proposta de desestatização da Eletrobras gerou um burburinho no mercado a respeito do formato como tende a se dar essa operação. Chamou a atenção de analistas e investidores o fato de que o governo destacou que a "a redução da participação da União no capital da empresa" permitirá à companhia "implementar os requisitos de governança corporativa exigidos no Novo Mercado" e disse que a Eletrobras precisa "buscar recursos no mercado de capitais".

As colocações geraram especulações sobre a possibilidade de a privatização incluir uma oferta de ações, embora fonte próxima ao governo tenha sinalizado com a realização de um leilão de privatização, nos moldes de outras privatizações já realizadas.

A companhia atualmente está listada no Nível 1 da B3, e possui ações ON e PNA e PNB negociadas em Bolsa. Além da própria União, com 51% das ON e 40,99% do capital total, dentre outros acionistas relevantes da estatal estão o BNDESPar, com 13,04% das ON 11,86% do capital total, BNDES com 6,86% do capital total, Fundo Nacional de Desenvolvimento (FDN), com 3,37% do total. JP Morgan Chase Bank (3,13%), Banco Clássico (5,08%), 3Gradar (1,01%) e Fundo de Investimento Dinâmica Energia (4,99%) também aparecem como acionistas, com base na posição do último dia 12.

Conforme indicou o MME, embora a proposta seja deixar o controle, a intenção é manter alguma participação da União na Eletrobras, o que deve ser feito nos moldes de uma "golden share", com "poder de veto na administração da companhia, garantindo que decisões estratégicas no setor sejam preservadas". O ministério fez menção ao fato de que anteriormente a União também reduziu sua participação na Embraer, onde também possui ação de classe especial.
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