Economia & Mercados
09/05/2019 14:28

Margem financeira bruta do BB cresce 6,3% e vai a R$ 12,711 bi no 1º trimestre


A margem financeira bruta do Banco do Brasil somou R$ 12,711 bilhões no primeiro trimestre, aumento de 6,3% ante um ano. No comparativo trimestral, cresceu 1,8%.

O BB explica, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, que a margem financeira bruta foi impactada no primeiro trimestre por menores receitas financeiras com operações de crédito em R$ 103 milhões e ainda um efeito positivo na despesa financeira de captação em meio ao menor número de dias corridos.

O resultado de tesouraria do banco foi de R$ 3,152 bilhões no primeiro trimestre, salto de 30,4% em um ano e aumento de 3,3% no trimestre. "O resultado de tesouraria foi impactado positivamente pelo resultado com derivativos, influenciados principalmente pelo câmbio, enquanto o resultado com títulos públicos recuou devido à alteração do mix e menor quantidade de dias úteis, parcialmente compensado pelas negociações do período", acrescenta o banco, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.

A margem financeira líquida do BB foi a R$ 9,585 bilhões de janeiro a março, alta de 24,2% em 12 meses e de 2,8% em relação ao trimestre imediatamente anterior.

Inadimplência
O índice de inadimplência do Banco do Brasil, considerando atrasos acima de 90 dias, ficou em 2,59% no primeiro trimestre, acima de três meses antes, de 2,53%. Um ano atrás estava em 3,63%.

O comportamento do indicador no primeiro trimestre refletiu, sobretudo, a piora da pessoa física, por fatores sazonais, e ainda do agronegócio. A inadimplência dos indivíduos subiu de 3,08% ao final de dezembro para 3,25% em janeiro. Já do agronegócio passou de 1,53% para 1,68%.

Na contramão, a inadimplência da pessoa jurídica teve melhora, passando de 3,17% ao final do ano passado para 3,03% em março.

O indicador de calotes de curto prazo, com atrasos acima de 15 dias, subiu a 4,62% no primeiro trimestre contra 4,32%.

Provisões
As despesas com provisões para devedores duvidosos (PCLD) do BB foram a R$ 4,851 bilhões no primeiro trimestre, queda de 11,0% ante um ano, quando estavam em R$ 5,449 bilhões. Ante os três meses anteriores, porém, teve aumento de 1,3%.

No critério de provisão líquida de recuperação, os gastos do banco diminuíram 26,3% em um ano e 1,3% no trimestre, para R$ 3,126 bilhões. A recuperação de crédito totalizou R$ 1,725 bilhão de janeiro a março, um salto de 43,2% em um ano e aumento de 6,5% em três meses.

O saldo de PDDs do BB foi a R$ 19,631 bilhões no primeiro trimestre, cifra 18,2% menor que um ano. Ante os três meses anteriores, foi vista queda de 3,0%.

Índice de Basileia
O índice de Basileia do Banco do Brasil, que mede quanto um banco pode emprestar sem comprometer o seu capital, ficou em 19,26% no primeiro trimestre do ano, acima dos três meses anteriores, de 18,9%.

O índice de capital nível I chegou a 14,00% ao fim de março ante 13,4% em dezembro. Do indicador, 10,53% correspondeu ao capital principal ante 10,00%, respectivamente. O patrimônio de referência alcançou R$ 134,9 bilhões.

O BB reforça, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, que seu objetivo é crescer a base de capital de forma a atingir no mínimo 11% de Índice de Capital Principal em janeiro de 2022, segundo reportado na Declaração de Apetite e Tolerância a Risco e no Plano de Capital do Banco.

"Projetamos sustentar este crescimento de forma orgânica, isto é, com o crescimento de lucros amparado na alocação em linhas com menor consumo de capital e melhor relação risco e retorno", acrescenta o banco.
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