Economia & Mercados
14/04/2018 09:26

Reino Unido/May: estamos confiantes no sucesso dos ataques contra Síria


São Paulo, 14/04/2018 - A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, disse neste sábado que ela e seus aliados no ataque aéreo feito na noite passada à Síria estão confiantes no sucesso da ação, voltada para atingir instalações relacionadas a armas químicas. Em coletiva de imprensa, ela disse que os ataques eram necessários e visavam reduzir a capacidade do presidente Bashar al-Assad de usar armas químicas para atacar seu próprio povo. Segundo ela, uma avaliação completa dos ataques ainda está em andamento.

De acordo com May, foram atingidos um conjunto específico e limitado de alvos", como instalações de produção e armazenamento de armas químicas, um importante centro de pesquisa e um bunker militar envolvido em ataques com esse tipo de arma. A Força Aérea Real, especificamente, lançou mísseis em uma antiga base de mísseis a oeste da cidade síria de Homs.

O ataque ocorreu depois que surgiram evidências de que o regime usou armas químicas em um ataque à cidade síria de Douma, na semana passada, numa ação que deixou 75 mortos, incluindo crianças. Apesar de a Síria negar a autoria do ataque químico, May disse que "todas as indicações são que este foi um ataque químico" e que estava claro de quem era a responsabilidade. "Um significativo conjunto de informações, incluindo inteligência, indica que o Regime Sírio é o responsável por este mais recente ataque", afirmou.

Segundo a primeira-ministra britânica, os ataques químicos têm sido um padrão de comportamento persistente na Síria e, tendo em vista a análise de fatos específicos, "é altamente provável que o regime sírio tenha continuado a usar armas químicas" desde as ocorrências anotadas desde 2013, "e vai continuar a fazê-lo". Por isso, considerou necessário que isso seja impedido.

May salientou que o canal diplomático foi utilizado anteriormente, mas os esforços não geraram o resultado esperado e o compromisso sírio de acabar com o programa de armas químicas não foi cumprido. "Preferiríamos um caminho alternativo, mas nesta ocasião, não havia outro", disse.

A primeira-ministra britânica também ressaltou que a ação aliada na Síria não faz parte de uma tentativa de derrubar o presidente Assad, mas visava especificamente as instalações suspeitas de armas químicas para mostrar que a comunidade internacional não vai tolerar o uso de tais armas."(Esta ação) envia uma mensagem clara a qualquer um que acredita que pode usar armas químicas com impunidade", disse. (Luciana Collet - luciana.collet@estadao.com)
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