Economia & Mercados
22/06/2022 20:15

Aneel: Inflação, preço de combustível e crise hídrica contribuíram p/ reajuste de bandeiras


Por Marlla Sabino

Brasília, 22/06/2022 - Os índices de inflação, o aumento nos preços dos combustíveis, e a inclusão de dados relativos ao ano passado, quando o País enfrentou uma grave crise hídrica, foram os principais fatores que levaram à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a reajustar em até 63% as bandeiras tarifárias. A taxa é cobrada de forma adicional na conta de luz, de acordo com as condições de geração de energia elétrica.

A proposta aprovada ontem, 21, traz aumentos da ordem de 60% nos valores das bandeiras tarifárias amarela e vermelha 1. O valor da bandeira amarela terá aumento de 59,5%, de R$ 1,874 a cada 100 quilowatts (kWh) consumidos para R$ 2,989. Já a bandeira vermelha 1 vai de R$ 3,971 para R$ 6,500 a cada 100 kWh, alta de 63,7%. O patamar mais caro da bandeira, a vermelha 2, passou de R$ 9,492 a cada 100 kWh para 9,795, aumento de 3,2%.

“Contribuíram para a elevação dos adicionais das bandeiras tarifárias a inclusão dos dados de 2021, período caracterizado por severa crise hidrológica; a elevação do custo do despacho das usinas termelétricas em razão da elevação dos custos dos combustíveis, e a correção monetária pelos índices inflacionários”, explicou a agência reguladora em nota divulgada nesta terça-feira, 22. Os valores têm vigência de junho de 2022 a junho de 2023.

Essa elevação dos valores das bandeiras não implica em um reajuste no mesmo percentual nas contas de luz, já que representam apenas uma parcela da fatura. Conforme os dados da agência, num cenário em que a bandeira amarela seja acionada, o aumento médio na tarifa, sem impostos, para o consumidor residencial seria de 5%. No caso da bandeira vermelha 1, o impacto médio seria de 10% e da bandeira vermelha 2 de 15%, caso acionadas.

A Aneel ressaltou, porém, que não haverá impacto imediato para os consumidores, já que desde 15 de abril está em vigor a bandeira verde, ou seja, sem cobrança adicional, devido às melhores condições dos reservatórios das usinas hidrelétricas. “A partir dos dados atualmente disponíveis, há maior probabilidade de acionamento da bandeira verde ao longo de 2022”.

Contato: marlla.sabino@estadao.com

Para saber mais sobre o Broadcast Energia, entre em contato com comercial.ae@estadao.com
Para ver esta notícia sem o delay assine o Broadcast+ e veja todos os conteúdos em tempo real.

Copyright © 2024 - Todos os direitos reservados para o Grupo Estado.

As notícias e cotações deste site possuem delay de 15 minutos.
Termos de uso