Por Thaís Barcellos, Cícero Cotrim e Pedro Caramuru
São Paulo, 31/08/2020 - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou a importância do Brics, em depoimento gravado ao Fórum BandNews que debate a oportunidade de negócios no grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Campos Neto ressaltou que o bloco hoje é muito representativo na economia mundial, contendo 41,4% da população mundial, um terço do Produto Interno Bruto (PIB) global, medido em Paridade do Poder de Compra (PPP), 10% do fluxo de comércio de bens e serviços e 24% do fluxo mundial de Investimento Direto (US$ 321 bilhões em 2019), sendo que o Brasil recebe 24% desse montante.
"É importante enfatizar que os Brics defendem mercados abertos, ambiente de comércio justo, imparcial e não discriminatório, reformas estruturais, concorrência efetiva e justa, promovendo o investimento, a expansão e o financiamento para infraestrutura desenvolvimento. O grupo tem assumido posição favorável à contínua implementação de reformas de estruturas de governança financeira internacional. Nesse caso, o objetivo é aumentar o potencial de crescimento e o peso relativo das economias emergentes na economia mundial", disse Campos Neto.
No mesmo evento, Marcos Troyjo, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido como Banco dos Brics, destacou que o PIB somado dos sete maiores emergentes - China, Índia, Brasil, Rússia, Indonésia, México e Turquia - já supera o do G7, grupo que reúne economia avançadas tradicionais. Enquanto o PIB dos emergentes combinado é de US$ 53 trilhões, o do G7 é de US$ 40 trilhões de dólares.
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