Economia & Mercados
14/11/2017 09:06

Eletrobras tem lucro líquido de R$ 550 milhões no 3º trimestre (-37% em 1 ano)


A Eletrobras apurou lucro líquido de R$ 550 milhões no terceiro trimestre de 2017, 37% inferior aos resultados apurados no mesmo período de 2016. Em comunicado, a estatal afirma que o resultado foi influenciado pela contabilização da remuneração da Rede Básica Sistemas Existentes (RBSE) em valor superior no ano passado em relação a esse ano, devido ao inicio do recebimento dos valores em agosto de 2017.

Sem os efeitos não recorrentes, o lucro foi de R$ 449 milhões, o que representa um avanço de 267% na comparação anual. "O lucro do terceiro trimestre foi impactado positivamente por reversões de contratos onerosos e impairments, devido principalmente ao lançamento e adesões do PAE - Plano de Aposentadoria Extraordinária", afirma a Eletrobras.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 2,85 bilhões, e no critério gerencial, que retira efeitos extraordinários, somou R$ 1,391 bilhão entre julho e setembro deste ano, crescimento de 71% ante o mesmo período de 2016 neste critério.

A receita operacional líquida da Eletrobras ficou em R$ 8,892 bilhões no trimestre, avanço de 4% na comparação com o terceiro trimestre de 2016. Os investimentos no trimestre somaram R$ 1,305 bilhão, e chegaram a R$ 3,764 bilhões no ano.

Distribuidoras
O desempenho das distribuidoras mais uma vez pesou nos resultados da Eletrobras no terceiro trimestre deste ano. O segmento registrou prejuízo líquido de R$ 1,136 bilhão entre julho e setembro deste ano, reduzindo o resultado líquido consolidado da companhia no período a R$ 550 milhões. Em relação ao reportado no terceiro trimestre de 2016, no entanto, as perdas no segmento diminuíram 19,7%.

As distribuidoras registraram um crescimento de 28% em suas receitas, para R$ 2,8 bilhões, apesar da queda de 7,6% no volume de energia vendida, por conta, entre outros motivos, do aumento do volume de energia liquidada no Mercado de Curto Prazo, no qual os preços foram mais elevados, em decorrência da migração de consumidores para o mercado livre.

Já nos segmentos de geração e transmissão, vale destacar que as operações pelo regime de operação e manutenção (O&M), que vinha dando prejuízo e motivou o governo a lançar a ideia a "descotização" das usinas mais antigas, neste trimestre registraram lucro. Somente as usinas operadas pelo sistema de cotas renderam à Eletrobras um lucro líquido de R$ 127 milhões, ante um prejuízo de R$ 430 milhões anotado em igual etapa do ano passado.

Já as transmissoras que tiveram seus contratos de concessão renovados em 2013 no âmbito da Medida Provisória 579 e que são remuneradas no regime de O&M, tiveram lucro de R$ 1,764 bilhão, alta de 85%.

A atividade de geração pelo regime de exploração anotou uma redução do lucro líquido da ordem de 25%, para R$ 358 milhões, influenciada, entre outros fatores, pela compra de energia para fazer frente ao risco hidrológico (GSF), fator que também pesou no desempenho de outras geradoras do País. No caso das usinas operadas pelo regime de cotas, o GSF é assumido diretamente pelo consumidor. As transmissoras que operam pelo regime de exploração tiveram um lucro de R$ 284 milhões, alta de 51%.
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