Economia & Mercados
09/08/2018 11:53

'Esperamos um 2º semestre melhor que o 1º', diz presidente do BB


O presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, espera que o segundo semestre seja melhor que o primeiro, a despeito de um cenário de elevada volatilidade. O crédito deve crescer, conforme o executivo, com destaque para as pessoas físicas.

"Esperamos resultados ainda melhores nos próximos semestres. O caminho está pavimentado. Eu tenho certeza de que colheremos ganhos no futuro", disse Caffarelli, em coletiva de imprensa, para comentar os resultados do banco no segundo trimestre.

Segundo o executivo, as conquistas que o banco tem apresentado, que incluem crescimento do lucro, melhora da rentabilidade e queda da inadimplência, asseguram que o banco está na "direção correta". Ele reforçou, contudo, que o banco "almeja mais". "Vamos nos aproximar dos nossos pares em termos de rentabilidade", reiterou o presidente do BB.

O retorno sobre o patrimônio líquido (RSPL) no quesito mercado do BB foi a 13,8% ao fim de junho, melhora de 1 ponto porcentual em um ano, quando estava em 12,8%. Em relação a março, quando estava em 13,2%, cresceu 0,6 ponto porcentual (p.p.). No critério acionista, o retorno do BB foi a 15,1% no segundo trimestre ante 14,4% no primeiro e 14,1% em um ano.

Caffarelli disse ainda que a busca por maior rentabilidade e sustentabilidade não é tarefa de apenas uma gestão ao comentar o programa anunciado nesta quinta-feira, 9, pelo banco que visa a distribuir ações da instituição aos seus funcionários que passam a ter "sentimento de dono". O movimento do banco na busca de melhorar a gestão é positivo levando em conta o período de eleições, que pode influenciar o ritmo dos bancos públicos, segundo ele.

Conforme anúncio do banco nesta quinta, o programa, iniciado em 2012, teve seu escopo ampliado de 27 mil para até 81 mil funcionários e alteração no modo de pagamento, com metade da premiação em ações do BB.

O presidente do BB informou ainda que o BB mira ter 3,3 milhões de clientes digitais até dezembro.

O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,240 bilhões no segundo trimestre, cifra 22,3% maior que a registrada um ano antes.

Eleições
Caffarelli afirmou que a gestão da instituição está empenhada em entregar melhores resultados no segundo semestre a despeito das eleições presidenciais. "De maneira alguma o período eleitoral abala o banco. Estamos acostumados com a troca de governo de quatro em quatro anos", disse o executivo.

Sobre a ampliação do programa de distribuição de ações aos funcionários, Caffarelli explicou que, justamente por ter de lidar com a mudança de presidência da República e, consequentemente, da alta cúpula do banco, precisa investir mais em seus colaboradores. "O banco compete em condições diferentes dos demais players. Não pode contratar no mercado. Por isso, tem de reforçar e preparar a sua força de trabalho. Amanhã quem irá comandar o banco serão eles", afirmou Caffarelli.
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