Economia & Mercados
13/06/2018 11:50

ABES: Curitiba é a única capital próxima da universalização do saneamento


São Paulo, 13/06/2018 - Curitiba é a única capital que está próxima da universalização dos serviços de água e esgoto no País. A cidade paranaense recebeu a melhor classificação, entre as capitais, no ranking de 2018 da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), que avaliou o acesso dos habitantes de quase 2 mil municípios aos serviços de abastecimento de água, coleta de esgoto, tratamento de esgoto e coleta de resíduos sólidos.

Das 27 capitais brasileiras, em 19 o atendimento da população aos serviços de água e esgoto mostra um "empenho para a universalização", a terceira categoria do ranking, na frente apenas da fase dos "primeiros passos" - caso de Porto Velho (RO), que teve a pior pontuação da lista.

As outras seis capitais estão em um estágio intermediário e revelam "compromisso" com a universalização do saneamento: São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Salvador (BA) e Porto Alegre (RS).

Divulgado pela primeira vez em 2017, o ranking da ABES ampliou sua cobertura para a edição deste ano. Além dos municípios de grande porte, que já faziam parte do estudo, passaram a ser avaliados também municípios de pequeno e médio portes, com menos de 100 mil habitantes. No total, a pesquisa contou com 1.894 cidades - correspondendo a 34% dos municípios brasileiros e abrangendo 67% da população -, avaliadas com base nas informações fornecidas ao Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades.

De acordo com a ABES, a principal razão para que 66% dos municípios brasileiros tenham ficado de fora do ranking é o fato de que mais da metade não apresentou, ao SNIS, dados de coleta e/ou tratamento de esgoto.

Considerando todos os municípios rankeados, apenas 80 estão rumo à universalização do saneamento. Assim como se observa para o recorte das capitais, a grande maioria das cidades - 1.342, ou 70,86% do total - se encaixam na terceira categoria: estão empenhados no processo, mas ainda não revelam efetivamente um compromisso.

Em nota, a ABES lembra ainda que há uma correlação entre as políticas de saneamento e as condições de saúde da população. "O saneamento tem impacto direto na vida de todas as pessoas e precisa ser prioridade na agenda dos governantes, dos legisladores e da sociedade em geral", disse Roberval Tavares de Souza, presidente nacional da entidade. (Letícia Fucuchima - leticia.fucuchima@estadao.com)
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