Economia & Mercados
09/10/2019 09:47

Abecip/Rocha: podemos duplicar relação crédito imobiliário e PIB na próxima década


Por Aline Bronzati e Circe Bonatelli

São Paulo, 09/10/2019 - Os bancos renovaram a expectativa de dobrar a participação do crédito imobiliário no Produto Interno Bruto (PIB) na próxima década em um cenário de retomada econômica, juros baixos e novas fontes de recursos para o setor, que ainda é forte dependente da poupança. “Com as novas perspectivas de funding, poderemos dobrar a relação crédito imobiliário e PIB na próxima década”, disse o vice-presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), José Ramos Rocha Neto.

Atualmente, o crédito imobiliário representa 10% do PIB brasileiro. Ao fim de agosto, o saldo da carteira junto às pessoas físicas, considerando recursos direcionados, somava R$ 615,119 bilhões, conforme dados divulgados na semana passada pelo Banco Central.

O mercado imobiliário, segundo o vice-presidente da Abecip, apresenta sinais mais fortes de retomada com o crescimento do número de lançamentos por parte das incorporadoras e, na outra ponta, mais crédito em meio ao cenário de queda de juros no País.

Nesse contexto, ontem, a Caixa Econômica Federal, líder do segmento, anunciou corte nas taxas cobradas do financiamento imobiliário, acompanhando os concorrentes Itaú Unibanco e Bradesco. Os privados, contudo, seguem com oferta mais agressivas na modalidade. Questionado sobre se o Santander Brasil iria aderir à nova rodada de cortes de taxas no crédito imobiliário, o presidente do banco, Sergio Rial, afirmou na terça-feira que a estratégia é se “manter competitivo”. O Santander puxou a fila em julho ao cortar os juros mínimos para 7,99% ao ano.

Rocha, da Abecip, avaliou ainda que o momento é oportuno para o setor imobiliário considerando o primeiro ano do governo Bolsonaro e a luta para o Brasil retomar a trajetória de crescimento diante de um cenário internacional complexo. Para ele, o mercado nacional tem condições jurídicas adequadas e ambiente propício e para atrair investidores estrangeiros ao segmento.

Contato: aline.bronzati@estadao.com e circe.bonatelli@estadao.com
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