Economia & Mercados
03/10/2017 18:11

Schroeder: diretoria da Oi não apoiará plano com risco de caixa e de execução


O diretor-presidente da Oi, Marco Schroeder, enfatizou que não vai aceitar um plano de recuperação judicial que comprometa a sustentabilidade das operações. O fato de os diretores não quererem assinar o último plano de recuperação que estava em discussão é, segundo Schroeder, um sinal de que os executivos têm a preocupação de buscar uma solução adequada para a companhia e equilibrada para acionistas credores, sem nenhum risco de execução. "Qualquer plano que não tiver essa característica não vamos apoiar", frisou.

O diretor-presidente da Oi disse que o dinheiro caixa pode ser utilizado dentro do plano de equalização dos passivos, mas que isso precisa ser feito com "sabedoria". A companhia dispunha de R$ 7,48 bilhões em caixa no fechamento de setembro, de acordo com estimativa do executivo. Schroeder disse ainda que espera que o plano traga um corte relevante na dívida da Oi. Segundo ele, seria ideal levar a tele a uma alavancagem de menos de três vezes o Ebtida anual.

Schroeder evitou atribuir a culpa pelo nó das negociações sobre a recuperação judicial da companhia às condições impostas pelos acionistas da Société Mondiale, do empresário Nelson Tanure. "Não só o Société Mondiele, mas todos os acionistas defendem seus interesses. Em algum momento, credor e acionista vão ter que se acertar", afirmou nesta terça-feira, 3, o executivo, dizendo considerar pouco provável que as discussões acabem sem um desfecho.

Na sua avaliação, o principal empecilho para um consenso é o tamanho do corte na dívida dos bondholders e qual a contrapartida de ganho de capital, além da questão da dívida regulatória com a Anatel, completou. Schroeder disse que os bancos e o agentes de fomento em geral já deram sinalizações de que tendem a aceitar as propostas de pagamento que já foram previamente apresentadas dentro do plano de recuperação judicial.

Em relação ao aporte de capital, o executivo disse que as propostas mais recentes sinalizam uma injeção em torno de R$ 9 bilhões. No entanto, ponderou que a atração de um investidor só deverá ser confirmada após a aprovação do plano na assembleia, que está agendada para o dia 23 de outubro. Ele esclareceu ainda que o novo plano deverá ser apresentado até dia 11 deste mês.
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