Economia & Mercados
30/11/2022 10:04

Com nova parceira HMC ITJ, First Trust busca avançar no mercado brasileiro com BDRs de ETFs


Por Bruna Camargo

São Paulo, 30/11/2022 - Após estrear na indústria de investimentos brasileira em 2021, com o lançamento de 17 BDRs de ETFs em parceria com o Banco B3, a gestora internacional First Trust decidiu apostar mais fichas por aqui. Com o objetivo de oferecer mais soluções e educação em fundos de índice (ETFs, na sigla em inglês) para os investidores brasileiros, a gestora contratou a HMC ITJ, empresa de consultoria e colocação que será responsável pela ponte entre a First Trust e o mercado doméstico.

“HMC ITJ aconselha gestoras globais com o interesse em acessar mercados latinoamericanos desde 2012, então quando procuramos alguém para nos associarmos localmente, a empresa se tornou uma das mais atrativas”, contou April Reppy Suydam, líder da First Trust na América Latina, em entrevista ao Broadcast. Segundo Suydam, a HMC ITJ traz “entendimento das dinâmicas do mercado local, relacionamentos com instituições brasileiras e compreensão sobre as necessidades dos investidores”.

A executiva da First Trust conta que estuda e monitora o mercado brasileiro há alguns anos, observando o baixo interesse em produtos internacionais por conta da atratividade da renda fixa local, com os juros básicos altos. “Estávamos esperando algumas coisas acontecerem para a dinâmica do mercado ficar mais favorável: os cenários em relação à taxa de juros e à geopolítica e, mais importante, da nossa perspectiva, que os ETFs se tornassem um veículo mais atraente, acessível e conhecido no Brasil”, conta Suydam, destacando como o programa de BDRs foi importante para o último ponto.

A First Trust foi a segunda gestora a listar BDRs de ETFs na B3, logo depois da BlackRock. “Estamos aqui para o longo prazo”, garante Suydam, que não revela quanto a gestora possui sob gestão considerando os clientes brasileiros. Globalmente são quase US$ 180 bilhões em ativos sob gestão, sendo mais de US$ 120 bilhões em ETFs, conforme os dados mais recentes, de setembro.

Suydam - que lidera uma equipe que já olhava para México, Chile, Peru, Uruguai e Colômbia - diz que, no curto prazo, a First Trust não deve abrir um escritório no Brasil. No entanto, a ideia é que a gestora comece a realizar em breve road shows, encontros e eventos para falar sobre ETFs com um viés educacional, voltando-se especialmente aos investidores institucionais, como fundos de pensão, gestores de ativos, private banks, multi-family offices e seguradoras.


April Reppy Suydam, líder da First Trust na América Latina

Produtos temáticos

Os 17 recibos emitidos no Brasil que possuem como lastro cotas de fundos de índice (BDRs de ETFs) da First Trust estão disponíveis na B3 apenas para investidores qualificados. Segundo Suydam, a expectativa é que o número de produtos continue crescendo.

A maioria dos ativos tem como tema Crescimento e Rendimento (First Trust Capital Strength ETF, First Trust International Equity Opportunities ETF, First Trust Large Cap Growth Alphadex Fund, First Trust NASDAQ-100 Equal Weighted Index Fund, First Trust Rising Dividend Achievers ETF, First Trust US Equity Opportunities ETF e First Trust Value Line Dividend Index fund), conforme dados disponíveis na B3.

Mas há ainda ativos de Tecnologia (First Trust Cloud Computing ETF, First Trust NASDAQ-100-Technology Sector Index e First Trust Technology AlphaDEX Fund), Telecomunicação (First Trust Dow Jones Internet Index Fund), Saúde e Biotecnologia (First Trust Health Care AlphaDEX Fund e First Trust NYSE Arca Biotechnology Index Fund), Crescimento Agressivo (First Trust Morningstar Dividend Leaders Index), Sustentabilidade (First Trust Nasdaq Clean Edge Green Energy Index) e Segurança Cibernética (First Trust Nasdaq Cybersecurity ETF), Energia (First Trust Natural Gas ETF).

Contato: bruna.camargo@estadao.com
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