Economia & Mercados
08/11/2019 11:33

Petrobras/Oliveira: número de plataformas em Búzios pode pelo menos dobrar


Por Mariana Durão

Rio, 08/11/2019 - A Petrobras considera pelo menos dobrar o número de plataformas e sistemas submarinos instalados no campo de Búzios, cujos direitos de exploração e produção foram adquiridos em consórcio com as chinesas CNOOC (5%) e CNODC (5%) no leilão do excedente da cessão onerosa, na última quarta-feira. Com isso, seriam dez unidades operando.

"Pelo menos mais cinco unidades podem ser instaladas no campo", disse em teleconferência com analistas nesta sexta-feira, o diretor executivo de Exploração e Produção da companhia, Carlos Alberto Pereira de Oliveira.

Atualmente ele já tem uma média de produção diária de 600 mil barris de óleo equivalente por dia, considerando quatro unidades já instaladas (P-74, P-75, P-76 e P-77). Uma quinta plataforma, já em construção, tem início de produção marcado para 2022. A Petrobras já havia informado em comunicado ao mercado que novas unidades seriam instaladas para desenvolver o campo offshore.

Na teleconferência de hoje Oliveira foi mais específico, falando em pelo menos mais cinco unidades de produção. As próximas plataformas podem ter capacidade maior do que as que já estão em Búzios, que podem produzir 150 mil barris de óleo equivalente (boe) por dia. Oliveira falou em 180 mil boed e na possibilidade de elevar a capacidade de algumas plataformas a 200 mil boed.

O diretor frisou que o plano de desenvolvimento do campo ainda será discutido com os parceiros chineses e submetido à aprovação da PPSA. A estimativa é que a primeira da segunda leva de plataformas produza seu primeiro óleo em 2024. Depois disso, uma nova plataforma entraria em produção a cada ano.

Questionado por um analista se faria sentido estimar um capex de US$ 6 bilhões por unidade - o que significaria US$ 30 bilhões no total - o executivo disse que isso depende de variáveis como o tamanho da plataforma e se ela terá que ser construída. A plataforma em construção atualmente, por exemplo, tem custo de US$ 3 bilhões.

Contato: mariana.durao@estadao.com
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