São Paulo, 13/09/2018 - O reequilíbrio contratual das rodovias paulistas da CCR devido à suspensão da cobrança do eixo suspenso ficará para depois das eleições. A afirmação é de Paulo Rangel, presidente da CCR Infra SP, unidade que cuida das rodovias do grupo no Estado de São Paulo. "Não vai acontecer antes das eleições, estamos certos disso. A nossa expectativa é de que aconteça logo após as eleições", disse o executivo, que participa hoje da premiação Empresas Mais do Estadão/Broadcast.
Segundo Rangel, os desequilíbrios causados às concessionárias pela medida tomada para dar fim à greve dos caminhoneiros estão sendo apurados mês a mês pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). O próximo passo é sentar para discutir como se dará o reequilíbrio do contrato. A CCR tem preferência por uma recomposição de tarifa, afirma. "Primeira opção é tarifa. Mas não estamos fechados, por exemplo, a (extensão de) prazo (da concessão), se for o entendimento".
Ainda conforme o executivo, a relação da CCR com a Artesp é boa e não foi afetada pelas disputas judiciais entre empresa e regulador relacionadas a aditivos contratuais firmados em 2006 com o Estado de São Paulo. Ele cita, por exemplo, que a questão do reequilíbrio por causa do eixo suspenso é "ponto pacífico".
Sobre as eleições, Rangel afirma que, apesar do fator inerente de incerteza, a CCR não vê motivos para se preocupar com influência política do novo governo sobre a agência reguladora paulista. Ele destaca que o modelo concede independência à Artesp e avalia que a influência do governo sobre a agência tende a diminuir. (Letícia Fucuchima, Luciana Collet, Eduardo Laguna e Francisco Carlos de Assis)
