Economia & Mercados
23/04/2018 17:48

Grupo FCA, que controla Fiat e Jeep, quer liderança no Brasil em 2019


São Paulo, 23/04/2018 - O grupo FCA, que no Brasil controla as marcas Fiat e Jeep, espera alcançar a liderança do mercado brasileiro de veículos em 2019, afirmou nesta segunda-feira o presidente do conglomerado para a região da América Latina, Antonio Filosa, em conversa com jornalistas, depois de participar do evento do setor em São Paulo, realizado pela editora AutoData, na sua primeira apresentação em público desde que assumiu o cargo, há um mês.

"Temos de buscar acumular market share e chegar à liderança no Brasil, estar entre os três primeiros na Argentina e dobrar nossa participação no restante da América Latina. Isto é para o médio prazo, então esperamos chegar ao ano que vem e poder falar que estamos atingindo essas metas", disse o executivo.

As marcas Fiat e Jeep, juntas, representam 16% das vendas de veículos leves no primeiro trimestre de 2018. É o suficiente para ocupar a segunda posição no ranking de vendas, atrás somente da GM, com 17%. Sem a ajuda da Jeep, a Fiat cai para a terceira posição, com 12%, perdendo a vice-liderança para a Volkswagen, que ficou com 14%.

Para Filosa, até o fim do ano, o grupo tem condições de elevar essa fatia para 18% ou 19%. Esse avanço, segundo ele, será sustentado pelas vendas de sete modelos, divididos pelo executivo em três grupos: entre as SUVs, o Renegade e o Compass, ambos da Jeep; entre as picapes, o Toro e a Strada, ambos da Fiat; e, entre o que ele chamou de "populares", o sedan Cronos e os compactos Mobi e Argo, também da Fiat.

A previsão do grupo para o mercado de veículos leves em 2018 é de um pouco mais de 2,4 milhões de unidades, acima das 2,1 milhões de unidades registradas no ano passado. "É uma previsão realista, que vai depender do que vai acontecer nos próximos meses no cenário econômico e político no Brasil", disse o executivo, para quem os brasileiros "vão tomar uma decisão muito clara e acertada" na eleição presidencial, sem especificar sua preferência. "Tomar uma decisão acertada significa escolher livremente, entendendo que o País precisa de um rumo de estabilidade política e econômica".

Exportação
Filosa também disse que, antes de a indústria automobilística querer exportar para países de fora da América Latina, tem de primeiro crescer na região. "A América Latina é grande demais", afirmou. Ele ressaltou que os mercados latino-americanos, tirando o México, podem chegar a 7 milhões de unidades por ano e seguramente a um nível acima de 5 milhões de unidades em 2022.

"Tem de ser explorada totalmente essa potencialidade que se apresenta, o que significa localização de tecnologia, de competências e de fornecedores, além de enraizamento de marcas", afirmou. "Para exportar para fora da América Latina, é preciso ser competitivo globalmente", disse ainda. (André Ítalo Rocha - andre.italo@estadao.com)
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