Rio, 14/06/2018 - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo Oliveira, disse há pouco, que o banco destinará R$ 20 milhões não reembolsáveis para projetos-piloto de internet das coisas em quatro áreas: saúde, rural, cidades e indústria.
Em cada uma dessas áreas foram escolhidos temas prioritários, tais como mobilidade, em cidades; produtos vestíveis, na área de indústria; em saúde, monitoramento de pacientes com doenças crônicas e ações de prevenção e eficiência em gestão; e uso eficiente de recursos naturais e insumos e segurança sanitária, no setor rural.
"A internet das coisas certamente será a tecnologia que terá maior impacto nos próximos anos e representa uma enorme oportunidade para o Brasil se posicionar. Nesse novo momento tecnológico, a produção de bens não será agregador de valor. Agregação de valor se dá nas soluções e o Brasil tem grande capacidade, grande competência e tem oportunidade de tirar proveito", disse Oliveira.
As propostas devem ser encaminhadas ao banco até 31 de agosto. O valor mínimo de cada projeto é de R$ 1 milhão. Serão apoiadas exclusivamente instituições tecnológicas públicas ou privadas sem fins lucrativos, mas haverá exigência de contrapartida mínima de 50% do custo de cada iniciativa selecionada. O objetivo do BNDES é estimular a formação de consórcios entre as instituições e a inserção de startups e fornecedores locais.
"Uma das grandes preocupações que teremos é com a externalidade desses projetos. Esse será um dos critérios que vamos considerar", disse o diretor Industrial, de Capital Empreendedor e de Mercado de Capitais do BNDES, Júlio Cesar Maciel Ramundo.
"O formato básico prevê a inserção de três atores: institutos, start up e usuário local", resumiu o presidente do banco. - Renata Batista (renata.batista@estadao.com)