Economia & Mercados
19/06/2018 10:32

Grupo AES/Gluski: Brasil segue sendo prioridade por seu potencial em energias renováveis


São Paulo, 19/06/2018 - O Brasil segue sendo uma prioridade para o Grupo AES, por ser um dos países com mais potencial em energias renováveis, indicou o presidente global da AES, Andrés Gluski, na abertura de um evento do grupo em São Paulo, por meio de mensagem de vídeo. Após ter deixado o segmento de distribuição brasileiro, ao vender sua participação na Eletropaulo para a italiana Enel, o Grupo AES deve focar sua atuação em geração, por meio de sua controlada AES Tietê, na qual há planos para expandir a capacidade de geração no País, e também no desenvolvimento de novas tecnologias, como as baterias para armazenamento de energia, um segmento que a companhia tem buscado desenvolver nos últimos três anos.

"Nossa visão estratégica é de converter a AES Tietê em veículo para investir em novas tecnologias de geração", disse o presidente da AES Brasil, Julian Nebreda, indicando também que a companhia pretende oferecer energia a um preço que favoreça a competitividade de seus clientes.

A companhia tem focado nos últimos anos na diversificação de suas fontes de geração e tem como meta alcançar 50% de sua geração de caixa medida pelo Ebitda proveniente de fontes não hídricas até 2020. Nos últimos dois anos, a empresa já adquiriu cerca de 650 MW de capacidade de geração de energia solar e eólica para colaborar com essa meta.

A meta está relacionada a uma estratégia de redução do risco hidrológico e uma tentativa de melhor gestão desse fator, questão que Nebreda considerou "o desafio mais difícil de ser uma empresa de geração" no Brasil. "O objetivo da AES Tietê é que a companhia seja o melhor gerenciador do risco hidrológico no País", disse.

O executivo também salientou as iniciativas da empresa no desenvolvimento do uso de baterias para armazenamento de energia, tecnologia que na sua visão, vai mudar a arquitetura do setor elétrico. Nebreda anunciou que a companhia colocou em operação sua primeira bateria, na usina hidrelétrica de Bariri, um projeto desenvolvido dentro de um programa de pesquisa e desenvolvimento (P&D) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Foram investidos cerca de R$ 5,4 milhões para implantar um sistema com capacidade instalada de 161 KW, expansível para 1 MW, que permite que o excedente de energia gerado possa ser armazenado e usado em outro momento.

"Trata-se de uma tecnologia promissora não apenas para aplicações em utility scale, na geração ou transmissão, mas em clientes finais também", afirma o presidente da AES Tietê, Ítalo Freitas, citando a geração distribuída, o gerenciamento de demanda e a possibilidade de indústrias usarem baterias para garantir maior estabilidade de suprimento. (Luciana Collet - Luciana.collet@estadao.com)
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