Economia & Mercados
13/12/2017 14:36

BRMalls diz pretender ser mais seletiva em investimentos futuros


A BRMalls, maior empresa do setor de shopping centers do País, será mais seletiva em seus investimentos futuros, com foco nos empreendimentos considerados mais estratégicos, além de adotar maior conservadorismo na gestão da estrutura de capital. "Seremos mais seletivos nos investimentos", afirmou nesta quarta-feira, 13, o diretor presidente da companhia, Ruy Kameyama, no discurso de abertura do encontro anual com investidores e analistas.

Desde sua criação, a BRMalls realizou 30 aquisições de participações em shoppings, além do desenvolvimento de oito projetos novos. Agora, a companhia buscará a exploração do potencial de longo prazo dos melhores ativos do portfólio. Neste momento, a BRMalls seguirá focada na reestruturação das operações, buscando aumento da eficiência dos processos internos, aumento na ocupação dos shoppings, controle da inadimplência dos lojistas e revisão do mix de comerciantes em cada centro de compra.

Kameyama avaliou que há recuperação lenta e gradual da economia, com efeitos positivos sobre o desempenho do varejo e a performance dos lojistas dos shopping centers. "Os indicadores estão melhorando aos pouquinhos", disse. O executivo observou que há uma competição menor no mercado de shopping centers, com menos inaugurações previstas para os próximos meses.

Desembolsos 'mais inteligentes'
O diretor presidente da BRMalls afirmou que o próximo ciclo da companhia será marcado por desembolsos "mais inteligentes" do capital. "Continuaremos olhando aquisições e expansões, mas que se encaixem na estratégia de focar em shoppings dominantes", afirmou, referindo-se aos empreendimentos situados em regiões mais nobres, com maior capacidade de atração de lojistas e consumidores, além de ampliação do retorno nos próximos trimestres.

O executivo reiterou a estratégia de reciclagem do portfólio, com a potencial venda de shoppings que não se encaixam mais no perfil desejado pela companhia. "Queremos manter o balanço forte, o que nos deixa preparados para as oportunidades de investimento. Seremos conservadores na alavancagem, bem como na exposição cambial", explicou Kameyama.

Ele contou que, nos últimos anos, surgiram algumas oportunidades de negócios consideradas muito boas, mas que não puderam ser aproveitadas por estarem muito alavancados. "O foco será cada vez mais no retorno dos acionistas, como valorização das ações e distribuição de dividendos", afirmou.
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