Economia & Mercados
20/06/2018 19:43

EPE efende solução negociada para GSF, sem mudança legal


O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Reive Barros, defendeu na tarde desta quarta-feira, 20, uma solução negociada para o imbróglio do risco hidrológico (GSF, no jargão setorial) no mercado livre que não envolva mudanças legais. Para ele, a solução do problema - que acumula uma inadimplência da ordem dos R$ 6 bilhões no mercado de curto prazo de energia - deveria ser buscada por meio de uma grande negociação entre os agentes envolvidos.

Segundo agentes do setor, Barros está liderando uma mesa de negociações com os agentes buscando um acordo, que se daria com base na solução já proposta em 2015 e que foi rejeitada pelos agentes na ocasião. Ele considera, porém, que tendo em vista as recentes decisões judiciais contrárias aos geradores na questão do GSF, agora haveria mais espaço para negociação.

O presidente da EPE disse que dos cerca de R$ 6 bilhões de recursos em aberto em liquidações financeiras do mercado de curto prazo por conta do imbróglio relacionado ao risco hidrológico (GSF), R$ 4 bilhões se referem efetivamente ao déficit hidrológico e os demais R$ 2 bilhões são custos provocados por causas externas a fatores hidrológicos, mas que foram incorporados no cálculo do GSF, como antecipação de garantia física das hidrelétricas estruturantes, como Belo Monte, atraso na entrega de obras e importação de energia.

Já os agentes do setor seguem tentando emplacar uma emenda ao projeto de lei sobre as distribuidoras da Eletrobras que leva em consideração um acerto, já discutido entre os diversos envolvidos, que passaria pela extensão de prazo de concessão. No entanto, há resistência entre os parlamentares para votar a questão.
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