Política
16/03/2017 16:22

Cachoeira pega 6 anos de prisão por contrabando de caça-níqueis


São Paulo, 16/03/2017 - A Justiça Federal condenou o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, a 6 anos e 3 meses de reclusão, pelo crime de contrabando de máquinas de bingo. A condenação imposta pela 11.ª Vara Federal em Goiânia se estende a outros 15 denunciados pelo Ministério Público Federal em novembro de 2012, no âmbito de investigação derivada da Operação Monte Carlo.

A decisão não é definitiva. Cachoeira e os outros condenados podem recorrer. A Procuradoria da República sustenta que organização criminosa comandada por Carlinhos Cachoeira praticou crime de depósito e exploração comercial de caça-níqueis compostas por equipamentos eletrônicos "sabidamente contrabandeados".

Em sua sentença, o juiz federal substituto Rafael Ângelo Slomp condenou Cachoeira a 6 anos e 3 meses de reclusão, em regime semiaberto. O magistrado impôs penas um pouco inferiores a outros personagens do esquema - entre 5 anos e 5 anos e 5 meses de reclusão.

De acordo com o Ministério Público Federal em Goiás, desde o começo das investigações foram realizadas doze apreensões de máquinas caça-níqueis. Ao todo, foram apreendidos 345 equipamentos - 202 caça-níqueis em Valparaíso; 101 em Brasília e 42 em Goiânia. As primeiras apreensões ocorreram ainda em 2011, nos dias 29 e 30 de julho. No dia em que foi deflagrada a Monte Carlo, foram realizadas mais cinco apreensões. Outras duas ações ocorreram no dia 31 de março, mais de um mês após a deflagração da operação, na cidade de Valparaíso (GO).

Penas
Em relação a onze acusados, o juiz Rafael Ângelo Slomp aplicou penas que não ultrapassam quatro anos de reclusão. Por isso, a pena privativa de liberdade foi substituída pela restritiva de direitos - os réus foram condenados à prestação de serviços à comunidade e ao pagamento de prestação pecuniária em salários mínimos.

Acolhendo pedido do Ministério Público Federal, o juiz também decretou o perdimento de bens dos condenados em favor da União, "por terem sido adquiridos com o proveito dos vários crimes praticados". A reportagem não localizou a defesa de Cachoeira. O espaço está aberto para manifestação dos seus advogados. (Mateus Coutinho, Julia Affonso e Luiz Vassallo)
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