Por Daniel Weterman
Brasília, 26/10/2020 - Sem perspectiva para o próximo ano, a continuidade do auxílio emergencial é defendida pela maioria da população, mostra pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) com o Instituto MDA divulgada nesta segunda-feira (26). De acordo com o levantamento, 72% das pessoas opinam que o benefício deve ser pago por mais alguns meses a partir de janeiro de 2021.
O auxílio a trabalhadores informais e desempregados alavancou a popularidade do presidente Jair Bolsonaro durante a crise de covid-19. O benefício, inicialmente de R$ 600, caiu para R$ 300 mensais nos últimos meses deste ano. Para 2021, o governo quer substituir o pagamento por uma renda básica permanente. Até agora, porém, não encontrou uma fórmula para financiar o programa.
Na pesquisa, o índice de entrevistados que se manifestam pelo fim da ajuda é bem menor: 21% consideram que o benefício deve acabar em 2020 e 5% acham que o Poder Executivo já deveria ter encerrado o pagamento, em números arredondados. A assistência é vista por 79% como "muito importante" para a população e a economia. Do total, 42% dos consultados recebem o pagamento emergencial.
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