Política
30/11/2020 09:22

Em 2º turno com derrotas de Bolsonaro e do PT, discursos Covas e Paes antecipam 2022


Por Daniel Galvão

São Paulo, 29/11/2020 - Os prefeitos eleitos de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), e do Rio, Eduardo Paes (DEM), indicaram, neste domingo (29), que, encerrado o segundo turno, as atenções já começam a se voltar para 2022. Ao lado do presidenciável e governador João Doria (PSDB), Covas criticou de forma indireta o presidente Jair Bolsonaro. "Restam poucos dias para o negacionismo e o obscurantismo", afirmou. Paes festejou a "vitória da política" contra o radicalismo.

Antes dos prefeitos eleitos das duas maiores cidades do País, o eleitor brasileiro também deu o seu recado. Numa eleição histórica realizada em meio a uma pandemia, o índice de abstenção chegou a 29,5%, o maior já registrado.

Bolsonaro, que no primeiro turno já havia presenciado o revés da maioria dos candidatos para os quais pediu votos, agora consolidou o insucesso como cabo eleitoral com as derrotas de Marcelo Crivella (Republicanos) no Rio, Capitão Wagner (Pros) em Fortaleza e Delegado Eguchi (Patri) em Belém. Nas capitais, apenas Tião Bocalom (PP), em Rio Branco, apoiado pelo presidente, foi vitorioso.

O PT, que disputava o segundo turno em Vitória, com João Coser, e Recife, com Marília Arraes, não conseguiu eleger nenhum prefeito de capital pela primeira vez desde a redemocratização. Mas ressurgiu no Grande ABC (SP), berço do partido, ao conquistar, no segundo turno, Diadema, com José de Filippi, e Mauá, com Marcelo Oliveira.

Em São Paulo, Guilherme Boulos (Psol) furou a bolha da tradicional dobradinha PSDB-PT e, embora derrotado, desponta como uma nova liderança política no campo da esquerda. Seu partido, o Psol, governará uma capital pela segunda vez, com Edmilson Rodrigues, em Belém. Já o havia feito em 2012 com Clécio Luís, em Macapá.

MDB, DEM e PSDB governarão metade das capitais do Brasil a partir de 2022. Levando-se em conta os dois turnos, o MDB é o partido que abocanhou o maior número de capitais, cinco no total, seguido por DEM, que vê um ressurgimento, e PSDB, com quatro cada. PDT e PSB levaram duas capitais cada um, assim como PSD e PP. Avante, Podemos, Republicanos e Psol ficaram com uma capital cada.

Confira abaixo os prefeitos eleitos em 2020:

Segundo turno

Rio de Janeiro (RJ) - Eduardo Paes (DEM)
São Paulo (SP) - Bruno Covas (PSDB)
Vitória (ES) - Delegado Pazolini (Republicanos)
Porto Alegre (RS) - Sebastião Melo (MDB)
Fortaleza (CE) - Sarto (PDT)
Recife (PE) - João Campos (PSB)
São Luís (MA) - Eduardo Braide (Podemos)
Teresina (PI) - Dr. Pessoa (MDB)
Maceió (AL) - JHC (PSB)
João Pessoa (PB) - Cícero Lucena (PP)
Aracaju (SE) - Edvaldo (PDT)
Goiânia (GO) - Maguito Vilela (MDB)
Cuiabá (MT) - Emanuel Pinheiro (MDB)
Manaus (AM) - David Almeida (Avante)
Belém (PA) - Edmilson (Psol)
Porto Velho (RO) - Hildon Chaves (PSDB)
Boa Vista (RR) - Arthur Henrique (MDB)
Rio Branco (AC) - Tião Bocalom (PP)

Primeiro turno

Belo Horizonte (MG) - Kalil (PSD)
Campo Grande (MS) - Marquinhos Trad (PSD)
Natal (RN) - Alvaro Dias (PSDB)
Salvador (BA) - Bruno Reis (DEM)
Palmas (TO) - Cinthia Ribeiro (PSDB)
Curitiba (PR) - Rafael Greca (DEM)
Florianópolis (SC) - Gean Loureiro (DEM)
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