Política
05/12/2018 15:50

Bolsonaro: Funai vai para algum lugar; quero que índio seja tratado como ser humano


Brasília, 05/12/2018 - O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira (5), que a Fundação Nacional do Índio (Funai) vai "para algum lugar onde índio receberá tratamento que merece". "Índio quer se integrar à sociedade", defendeu Bolsonaro. Ele disse que ainda não há definição sobre qual pasta ficará responsável pelo órgão.

Existe uma discussão sobre a possibilidade da instituição permanecer ou não no Ministério da Justiça, inclusive com possibilidade de migrar para a pasta da Agricultura. Hoje, Bolsonaro disse que o futuro ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança) já está muito sobrecarregado, mas disse que não comentaria o assunto para evitar acusações de que houve recuo.

"Vai para algum lugar, fiquem tranquilos, onde índio receberá tratamento que merece. Índio quer se integrar à sociedade", declarou à imprensa.

Bolsonaro voltou a comparar a permanência de índios em reservas a animais em zoológicos. "Alguns querem que índio continuem dentro de uma reserva como se fosse zoológico, e eu não quero isso, quero que seja tratado como ser humano, como cidadão", disse Bolsonaro.

E lembrou, mais uma vez, do presidente da Bolívia, Evo Morales, para justificar seu posicionamento contra as reservas indígenas no País. "Índio pode ser presidente na Bolívia, aqui tem que ser animal dentro do zoológico, isso não pode continuar acontecendo."

Bolsonaro falou sobre o assunto ao ser questionado se estava difícil escolher o nome do futuro ministro do Meio Ambiente - um dos dois últimos que faltam ser anunciados, junto com a pasta dos Direitos Humanos.

"Estamos buscando aquele que se adapte melhor aquilo que eu quero que é a preservação do meio ambiente sem prejudicar outras atividades", justificou Bolsonaro. Ele mencionou que busca formas de facilitar o licenciamento ambiental e reduzir a demarcação de terras indígenas. "Esse é o melhor ministério. Estou igual técnico da seleção (brasileira) em 1970. Está difícil escalar porque têm vários camisa 10." (Julia Lindner, Tânia Monteiro e Larissa Lima, especial para o Estado)
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