Política
13/10/2018 14:33

Bolsonaro diz que vai propor novo modelo de urna eletrônica


Rio, 13/10/2018 - O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, disse neste sábado, 13, que, se for eleito, irá propor um novo modelo de urna eletrônica. No primeiro turno, ele pôs em xeque a confiabilidade dos equipamentos utilizados atualmente.

"Podemos mudar até a Constituição, não vai ser a urna que não vai ser mudada", afirmou, ao defender um modelo que possa ser auferido por meio de votos impressos, paralelos aos digitados na máquina. Ele lembrou que isso pode ser feito mesmo que o Supremo Tribunal Federal tenha definido a continuidade do voto eletrônico.

O candidato atendeu jornalistas entre gravações de programas eleitorais, na casa do empresário Paulo Marinho, seu apoiador, na zona sul do Rio. Perguntado sobre a Reforma da Previdência, afirmou que, se vencer, pretende colocá-la em votação rapidamente, no começo de 2019. "Vou votar a nossa reforma em 2019. Tem que fazer as mudanças que têm que ser feitas". Outra prioridade, disse, será a aprovação da redução da maioridade penal. "É uma proposta minha de mais de 20 anos dentro da Câmara".

Comentando o duelo entre o antibolsonarismo e o antipetismo nas urnas no segundo turno, criticou os governos petistas e reafirmou: "Sou uma novidade, que defende a família, os bons costumes. Isso aí pegou, e a sociedade sabe que sempre honramos com a nossa palavra".

Bolsonaro falou do desejo de baixar a taxa de juros cobrada de moradores do Minha Casa Minha Vida. "A Caixa cobra 9%. Acho um absurdo, é muito alta". Ele cogita, se ganhar a eleição, extinguir o Ministério das Cidades, ou transformá-lo numa secretaria. "Se possível, gostaria de mandar dinheiro diretamente para os municípios", explicou.

Ele disse ainda que não acredita que iria enfrentar oposição forte no Congresso, graças ao apoio das bancadas ruralista, evangélica e da área da segurança. Incluiu o PSDB entre os possíveis aliados na hora de tomar medidas que evitem que o Brasil "vá para o buraco". "Em momento nenhum se exigirão sacrifícios da população".

Ao mencionar os debates do segundo turno, afirmou: "O Haddad quer tanto debater comigo, é sinal de que interessa para ele." Ele garantiu não se opor a enfrentar o adversário na presença de jornalistas.

Bolsonaro voltou a afirmar sua neutralidade na eleição do Rio entre Wilson Witzel (PSC) e Eduardo Paes (DEM). "O juiz (Witzel) colou no Flávio (Bolsonaro, seu filho, eleito senador) e cresceu. Orientei a garotada aqui a ficar neutro". Desconhecido, Witzel chegou na frente no pleito justamente por sua associação a Bolsonaro. Ele vem falando em seu nome em todos os atos de campanha.

Após gravar os programas eleitorais, o candidato do PSL retornou à sua residência, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. (Roberta Pennafort)
Para ver esta notícia sem o delay assine o Broadcast Político e veja todos os conteúdos em tempo real.

Copyright © 2024 - Todos os direitos reservados para o Grupo Estado.

As notícias e cotações deste site possuem delay de 15 minutos.
Termos de uso