Política
30/08/2018 10:04

Eurasia/Cascione: Bolsonaro e Haddad têm 60% de chance de irem a um eventual 2º turno


São Paulo, 30/08/2018 - O candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, não deve desidratar e possui 60% de chances de ir a um eventual segundo turno, de acordo com análise do Eurasia Group. O analista sênior da consultoria, Silvio Cascione, afirma que Bolsonaro possui base de votos fiel a qual deve levá-lo para a segunda etapa do pleito. Também com 60% de chances está Fernando Haddad, do PT, que deverá herdar fatia dos votos hoje destinados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Cascione disse que o tempo de TV de Geraldo Alckmin, do PSDB, deve ajudar nos votos ao presidenciável, mas não o suficiente para levar seu nome ao segundo turno. Se não fosse esse tempo de TV, destaca o analista, suas chances seriam mínimas. "Alckmin tende a crescer e vai embolar esse cenário", afirmou Cascione no Simpósio dos Gestores, organizado pelo Santander Asset Management. Ele frisou, contudo, que a TV costuma beneficiar quem é menos conhecido.

Para o analista, a melhor estratégia para Alckmin é atacar Bolsonaro para lhe roubar votos, o que deve ser mais eficiente do que tentar ganhar os votos dos eleitores indecisos.

Se Alckmin de fato não decolar, a candidata da Rede, Marina Silva, se torna um nome bastante forte com um impulso voto útil, segundo o analista.

Já em um eventual segundo turno entre Bolsonaro e Haddad, Cascione opina que o candidato do PSL larga com "pequena vantagem" e ainda com possibilidade de ganhar alguns pontos nas intenções de voto. O analista considera que em um segundo turno todo candidato que enfrentar Bolsonaro é favorito, com exceção do petista.

Riscos
Um dos principais riscos, disse o analista da Eurasia, é de que os candidatos reformistas sejam vistos "como parte do sistema que precisa mudar". Nesse sentido, destacou, um candidato semi-reformista, tal como Bolsonaro e Marina, ficam bem posicionados.

O analista destacou que reformar a Previdência está ficando mais fácil. Uma das razões é que a renovação do Congresso deve ser baixa, o que significa que os parlamentares já estão há algum tempo discutindo sobre o tema. (Fernanda Guimarães - fernanda.guimaraes@estadao.com)
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