Política
08/12/2020 11:48

Estados em Pauta: governadores cobram estratégia nacional por vacina em reunião com Pazuello


Por Emilly Behnke

Brasília, 08/12/2020 - Governadores chegaram há pouco no Palácio do Planalto para reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, com um discurso de cobrança ao governo federal por uma "estratégia nacional" para a vacinação contra covid-19. Além do ministro e líderes, participam do encontro representantes de outras áreas do governo federal na tentativa de anunciar um Plano Nacional de Imunização.

Primeiro a falar e um dos principais aliados do presidente Bolsonaro, o governador do Acre, Gladson Cameli (PP) afirmou que a expectativa é ter definição de como vai ser o processo de vacinação no País e admitiu que já procura órgãos de controle para comprar o imunizante de qualquer fornecedor.

"Não é uma questão de quem é o fabricante. A Anvisa autorizou e a população está precisando, nós vamos sim comprar para que a gente consiga amenizar essa situação o mais rápido possível", disse Cameli, que, ao contrário de outros líderes, elogiou Bolsonaro e Pazuello.

Fátima Bezerra (PT), governadora do Rio Grande do Norte, cobrou urgência para a vacinação e disse que a expectativa é ter definições concretas na reunião com o ministro e membros do governo. Ela revelou ter mantido contato com o governador paulista, João Doria (PSDB), e Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, para ter informações da CoronaVac, desenvolvida pelo centro de pesquisa e parceria com a chinesa Sinovac. Ontem, Doria anunciou que São Paulo começa a aplicar a vacina em 25 de janeiro.

"Cabe ao governo federal coordenar estratégia nacional, O que Brasil espera é posição clara do governo federal e uma coordenação nacional", afirmou Fátima. Ela defendeu também a inclusão de professores no grupo de prioridades para receber o imunizante.

Já Wellington Dias (PT), governador do Piauí e porta-voz do Fórum dos Governadores para o tema, afirmou não ter restrição a nenhuma vacina, cobrou uma ação do Congresso e defendeu o imunizante produzido pelo Butantan. "Não tem restrição a nenhuma vacina. A vacina que está autorizada, segura e tem eficiência, essa é a vacina boa para os brasileiros", declarou. "O que queremos é que Congresso Nacional aprove os recursos necessários para as vacinas e um plano estratégico", disse.

Paulo Câmara (PSB), governador de Pernambuco, disse ser necessária a avaliação caso a caso sobre a compra vacina sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas certificada por outras agências internacionais. "A própria legislação aprovada esse ano prevê essas cooperações entre as agências reguladoras no mundo todo. Cabe também ao País ter essa condição de unidade. Precisamos é que haja a coordenação nacional", cobrou.

"Onde tiver a vacina que tenha eficácia, que tenha registro, verifique se esse registro está adequado com as normas brasileiras e vamos vacinar a população. É isso que vamos pedir hoje ao ministro (Pazuello)", concluiu.

contato: emilly.behnke@estadao.com
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