Política
24/11/2017 19:57

Advogado de Gleisi diz que acusação da PGR foi baseada em depoimentos 'claramente conflitantes'


São Paulo, 24/11/2017 - O advogado Rodrigo Mudrovitsch, que defende a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), afirmou nesta sexta-feira, 24, em nota, que a acusação formulada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) foi baseada somente em depoimentos "claramente conflitantes de três colaboradores premiados".

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu, nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação de Gleisi e do ex-ministro Paulo Bernardo por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Mudrovitsch afirmou que, ao longo do processo, foram apresentados documentos, prestados testemunhos e ouvidos outros colaboradores que refutaram veementemente a acusação, "seja sob o prisma da inexistente solicitação de valores a Paulo Roberto Costa [ex-diretor da Petrobras] ou da mentirosa história de entrega de valores por Alberto Youssef [doleiro] e Antônio Pieruccini".

O advogado disse ainda que, "certa de que os fatos foram integralmente esclarecidos ao longo da instrução, a senadora Gleisi Hoffmann apresentará as suas alegações finais confiando em sua absolvição através de um julgamento técnico por parte do Supremo Tribunal Federal".

Leia a íntegra do comunicado:

"A acusação formulada pela PGR foi baseada somente em depoimentos claramente conflitantes de três colaboradores premiados.
Ao longo do processo, foram apresentados documentos, prestados testemunhos e ouvidos outros colaboradores que refutaram veementemente a acusação, seja sob o prisma da inexistente solicitação de valores a Paulo Roberto Costa ou da mentirosa história de entrega de valores por Alberto Youssef e Antônio Pieruccini.
Certa de que os fatos foram integralmente esclarecidos ao longo da instrução, a Senadora Gleisi Hoffmann apresentará as suas alegações finais confiando em sua absolvição através de um julgamento técnico por parte do Supremo Tribunal Federal.
Rodrigo Mudrovitsch"

PT
A Comissão Nacional Executiva do PT disse em nota que as acusações contra Gleisi são falsas e mostram perseguição ao partido. De acordo com a comissão, o Ministério Público "montou" a denúncia com base, exclusivamente, em "delações contraditórias de réus interessados em obter benefícios penais, sem apresentar nenhuma prova, o que é contra a lei".

Segundo a nota, "a defesa demonstrou e até o Ministério Público reconheceu, no processo, que os delatores não foram capazes sequer de dizer como, quando e onde teriam sido realizados os supostos e inexistentes pagamentos. Conforme a comissão, as alegações finais da PGR repetem os mesmos vícios da denúncia original, infundada e arbitrária. Na avaliação da comissão petista, "o processo sem lastro montado contra a senadora e o ex-ministro será desmontado nas alegações finais da defesa ao STF".

Leia a íntegra do comunicado:

"ACUSAÇÕES CONTRA GLEISI SÃO FALSAS E MOSTRAM PERSEGUIÇÃO AO PT
1) São totalmente falsas as acusações feitas contra a senadora Gleisi Hoffmann na Ação Penal que ela responde junto com o ex-ministro Paulo Bernardo.
2) O Ministério Público montou a denúncia com base exclusivamente em delações contraditórias de réus interessados em obter benefícios penais, sem apresentar nenhuma prova, o que é contra a lei.
3) A defesa demonstrou e até o Ministério Público reconheceu, no processo, que os delatores não foram capazes sequer de dizer como, quando e onde teriam sido realizados os supostos e inexistentes pagamentos.
4) As alegações finais da Procuradoria-Geral da República repetem os mesmos vícios da denúncia original, infundada e arbitrária.
5) O processo sem lastro montado contra a senadora e o ex-ministro será desmontada nas alegações finais da defesa ao STF.
6) A violência cometida contra a presidenta Nacional do PT mostra, mais uma vez, a perseguição contra o partido e suas lideranças, movida por setores do sistema judicial e da mídia.
7) O PT seguirá lutando pelas grandes causas do Brasil, pelo restabelecimento pleno do estado de direito e para que a justiça seja feita.
COMISSÃO EXECUTIVA NACIONAL DO PT"

(Luiz Vassallo e Fabio Serapião)
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