Política
20/10/2017 18:46

Cabral é condenado por juiz Bretas mais uma vez, por lavagem de dinheiro


Rio, 20/10/2017 - O ex-governador do Rio Sergio Cabral (PMDB) foi condenado a mais 13 de prisão pelo juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, dessa vez, pelo crime de lavagem de dinheiro. Nesta sexta-feira, 20, ele foi sentenciado em decorrência da Operação Mascate, desdobramento da Lava Jato que prendeu Ary Ferreira da Costa Filho, apontado como operador de seu esquema de recolhimento de propina. .

A pena determinada a Cabral, precisamente, é de 13 anos de prisão e 480 dias-multa (cerca de R$ 40 mil). Costa Filho também foi condenado, a nove anos e quatro meses de prisão, além de 380 dias multa (R$ 16,3 mil). Carlos Miranda, homem-forte de Cabral, recebeu pena de doze anos e 480 dias-multa.

Em setembro, o juiz Bretas já havia sentenciado Cabral a 45 anos e dois meses de reclusão, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O ex-governador já havia sido condenado também pelo juiz Sergio Moro a 14 anos e dois meses de prisão, por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Ele responde a outros 13 processos.

Cabral está preso desde novembro do ano passado. O esquema encabeçado por ele, desvelado pela Procuradoria da República no Rio, se estendeu pelas áreas de saúde, transportes, alimentação e obras, pelo menos. Teria durado para além do período 2007-2014, suas duas gestões à frente do governo do Rio, e movimentado R$ 1 bilhão.

"A culpabilidade é elevada por tratar-se o condenado de principal idealizador e articular dos esquemas ilícitos", escreveu Bretas na sentença. "Como agente político, desviou-se de suas nobres atribuições conferidas pelo voto popular para se dedicar a práticas delituosas reiteradas por anos, beneficiando-se do dinheiro público desviado e branqueado por sua organização criminosa, revelando dolo intenso no seu agir. (...) Toda a atividade criminosa aqui tratada teve a finalidade de que Sergio Cabral, seus familiares e comparsas integrantes da organização criminosa desfrutassem de uma vida regalada e nababesca", diz ainda o texto. (Roberta Pennafort)
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