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Leitura de que gasto público segue como risco impulsiona dólar a R$ 6 e juro pedido para carregar dívida
28 de novembro de 2024
Silvana Rocha, Fernanda Trisotto e Aline Bronzati, correspondente*
O mercado financeiro reagiu com volatilidade nesta quinta-feira, após declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que detalhou as novas medidas de fiscais do governo. A leitura é a de que as ações anunciadas são insuficientes para o equilíbrio fiscal.
A aversão ao risco da gestão das contas públicas impulsionou o dólar, que no mercado futuro com vencimento em dezembro chegou a atingir a marca de R$ 6,002 na máxima intradia. Já no mercado à vista, a moeda americana operava há pouco em R$ 5,9815, em alta de 1,18%. A reação negativa também foi sentida no segmento de renda fixa, onde os juros futuros dispararam até 25 pontos-base nos vértices intermediários e longos mais cedo. A situação começou a se estabilizar após o Tesouro Nacional antecipar a publicação dos leilões de LTN e NTN-F do dia.
Uma das preocupações dos investidores é com a proposta do governo de ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, uma medida que, segundo especialistas, pode comprometer o arcabouço fiscal do país, mesmo com a adoção de medidas de contenção de despesas anunciadas.
Durante a coletiva, Haddad enfatizou que o impacto das medidas de cortes de gastos seria de R$ 30 bilhões em 2025 e de R$ 40 bilhões em 2026, alinhado às expectativas do mercado. Além disso, destacou que a reforma tributária, em fase final de tramitação no Senado Federal, é algo distinto das medidas para reforçar o arcabouço fiscal, sem necessariamente aumentar ou diminuir a arrecadação.
O pacote fiscal, segundo análises, revela a dificuldade do governo em promover uma revisão mais ampla dos gastos. O diretor de Investimentos para Mercados Emergentes das Américas da UBS Wealth Management, Alejo Czerwonko, avalia que o pacote não demonstra um compromisso claro com a responsabilidade fiscal e a obtenção de superávits primários. Na sua visão, deixa a dívida pública brasileira em um caminho insustentável e força os limites fiscais em um momento que classificou como inoportuno do apetite estrangeiro a países emergentes.
A Warren Investimentos aponta que as medidas não bastam para o equilíbrio fiscal, estimando um custo de ao menos R$ 45,8 bilhões com o aumento da faixa de isenção do IR. A consultoria Tendências complementa que isentar quem ganha até R$ 5 mil deixaria apenas 15% da população na base de cobrança do IR, comprometendo a receita federal.
Após a ampliação bilionária no Orçamento com a PEC da Transição, sem compensação, o governo Lula 3 buscou recompor as receitas, contando com o apoio do Congresso. No entanto, a gestão ainda é cobrada por buscar o equilíbrio fiscal, especialmente sob a ótica das despesas. O pronunciamento de Haddad ontem em rede nacional não encerrou a discussão sobre o equilíbrio fiscal, marcada por uma disputa de narrativa e semanas de comunicação atabalhoada.
O governo enfrenta o desafio de equilibrar medidas populares e impopulares, em um contexto de volatilidade do mercado e expectativas deterioradas. A situação fiscal do país permanece como um tema delicado, com o governo buscando harmonizar as regras sem mencionar explicitamente cortes de gastos, enquanto tenta navegar entre as necessidades econômicas e os interesses políticos.
*Este texto foi consolidado com ajuda de IA
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