O deputado Chico Vigilante (PT-DF) bem que tentou organizar um protocolo com os populares que foram à Praça dos Três Poderes. "É para abraçar a Democracia"
9 de janeiro de 2025
Por Gabriel Hirabahasi
Apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva o aguardaram na Praça dos Três Poderes em meio à chuva no ato simbólico pelos dois anos do 8 de janeiro de 2023 nesta quarta-feira,8. A precipitação na região central de Brasília ameaçou atrapalhar os planos do petista de ir ao encontro de seus simpatizantes, mas o chuvisco deu uma trégua poucos minutos antes do presidente encerrar seu discurso no Palácio do Planalto.
Funcionários do Executivo secaram a rampa da sede da Presidência para evitar qualquer tipo de acidente com Lula no local. Enquanto Lula ainda discursava no Planalto, o deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF) organizava os apoiadores do lado de fora para que formassem uma roda na Praça dos Três Poderes para receber o chefe do Poder Executivo. Como o ato se chamava “Abraço da Democracia”, os presentes ficarão confusos:
“Nós não vamos abraçar o presidente Lula. Vai ser um abraço simbólico na democracia. O presidente vai descer, vai dar as mãos ali e aí a gente encerra nossas atividades”, disse Vigilante.
O deputado distrital orientou que os militantes petistas fizessem uma “roda de ciranda” para receber o presidente – o que levou a uma associação quase natural, por parte de alguns presentes, com a expressão “esquerda cirandeira”, usada de forma pejorativa para criticar setores da esquerda.
Quando Lula apareceu na rampa do Planalto de mãos dadas com sua esposa, militantes que antes obedeciam às ordens de Chico Vigilante começaram a gritar e deixaram os locais onde estavam para se aproximar do presidente da República. A Secretaria de Comunicação da Presidência havia orientado jornalistas e fotógrafos que estavam no centro da praça para fotografar a chegada de Lula a deixar o local assim que o presidente se aproximasse. Isso não aconteceu, muito porque os próprios apoiadores se dirigiram ao presidente com gritos de “Olê olê olê olá, Lula, Lula” e “Lula guerreiro do povo brasileiro”.
Chico Vigilante anunciou no microfone que a estimativa dos organizadores foi de que cerca de 5 mil pessoas compareceram à Praça dos Três Poderes para o ato. A Presidência da República ofereceu aos participantes do ato vasos de flores que simbolizavam a democracia. Lula deixou o local sem falar com os presentes, mas nutrindo a idolatria que eles têm por ele e garantindo uma fotografia sua em meio à população – algo que Jair Bolsonaro também explorou sem parar nos últimos anos.
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